Rafinha explica bastidores da negociação com o Flamengo e diz: ‘Fui vítima de uma guerra política’
Em entrevista, lateral-direito frisou que o fator financeiro não pesou para que fosse repatriado: 'Independentemente do valor, eu ia aceitar. Eu quero jogar'
- Matéria
- Mais Notícias
Rafinha recebeu "Ok" do Ninho do Urubu e um "não" da Gávea. Basicamente, o lateral-direito não foi contratado novamente pelo Flamengo por conta de divergências entre o departamento de futebol e membros da alta cúpula da diretoria presentes na sede da Zona Sul do Rio de Janeiro.
Relacionadas
Na opinião de Rafinha, ele foi "vítima de uma guerra política" dentro do Fla:
- O treinador me queria, o departamento de futebol (citando, posteriormente, o diretor Bruno Spindel e o VP Marcos Braz) todo me queria. Os torcedores me queriam. A parte financeira já deixei claro que não era o problema. Vou repetir: flexibilizei o máximo que poderia para receber meu salário em 2022. Claro que eu fui vítima de uma guerra política. Não tenho culpa disso. Podem estar zangados com o Olympiacos, respeito - falou Rafinha, em entrevista ao canal "SporTV", emendando:
- Tenho muito carinho. Não foi isso que alegaram. Falaram que era parte financeira. Eles têm essa guerra, eu não sabia também. Eu paguei o pato, fiquei 35 dias esperando tomarem decisão e não deu certo. Pula para o outro lado e tinha as pessoas que eu soube que não queriam minha contratação. Eles sabem que, eu voltando, o departamento de futebol ia ficar muito forte, e eles (divergentes na diretoria) não quiseram deixar essa força voltar.
- Não seria, de jeito nenhum, o valor que ganhei na primeira passagem. Não tem comparação, afinal abri mão disso também, porque sei da situação, sei como é. O valor seria muito menor do que ganhei na primeira passagem. Todo mundo falando de dinheiro e luvas, o torcedor não sabe a realidade. Eu iria receber bem menos. Eu nem sabia quanto ia receber, porque estava esperando o Flamengo fazer uma proposta. O Flamengo sabe meu valor, o jogador que sou, o que represento. Esperei o Flamengo fazer proposta e claramente eu ia aceitar.
Rafinha frisou que o fator financeiro não foi determinante para que o Flamengo recuasse no interesse e encerrasse as negociações. Aos 35 anos, o lateral comentou sobre isso e também acerca de sua motivação para atuar na Grécia, em agosto do ano passado.
- O valor financeiro nunca foi o principal fator. Eu estou há 30 dias só tomando pancada, sendo chamado de mercenário. Isso não é verdade. Independentemente do valor, eu ia aceitar. Eu quero jogar - falou sobre o Fla, completando com a justificativa que o fez jogar no Olympiacos:
- Eu tive uma proposta pra ganhar três vezes mais do que eu ganhava do Flamengo. Era uma possibilidade única. Tinha só mais 4 anos de carreira.
Por fim, Rafinha externou que virou a chave, além de afirmar ter recebido propostas, inclusive de um clube da Major League Soccer (EUA), mas que ainda decidirá o destino em 2021
- Eu sou profissional, todo mundo sabe o carinho que eu tenho pelo Flamengo. O nome do meu cachorro é “mengo”. Tenho muito carinho pelo clube, mas sou profissional, estou no fim da carreira. A partir de hoje virei a chave e vou seguir minha vida profissional. Estudar com calma as propostas, pois estava 35 dias aguardando a resposta do Flamengo.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias