Renê Simões rasga elogios a Jesus e vê intercâmbio como ‘fundamental para a recuperação do nosso futebol’
Brasileiro de 67 anos, um dos maiores defensores da chegada do português em 2019, falou com a reportagem do LANCE! após a final da Taça Guanabara, onde esteve presente
Na final da Taça Guanabara, um dos camarotes do Maracanã contou com a presença de Renê Simões, que fez questão de trocar palavras e gentilezas com Jorge Jesus, campeão diante do Boavista, após vitória do Flamengo por 2 a 1.
Os técnicos compartilharam o encontro em seus respectivos perfis do Instagram. Além de parabenizar Jesus pela conquista, Renê, destacou que os fatos de não haver transmissão televisiva e o de presenciar um futebol "bonito" o motivaram (veja a publicação abaixo).
E o LANCE! conversou com Renê Simões para saber mais da relação dele com Jesus e o que o brasileiro de 67 anos, que já trabalhou em oito países que não o Brasil, pensa sobre a maior abertura a estrangeiros no futebol nacional.
- A relação (com Jesus) é de respeito e admiração entre dois profissionais com longa ficha de trabalhos. Penso que as entrevistas e firmeza nos conceitos de Jorge Jesus têm feito a imprensa começar a pensar o jogo diferente. Os torcedores se acostumaram a vibrar somente no final do jogo e com os três pontos. Agora, estão se habituando novamente, como era na minha época de jogador, a gritarem "mais um". Gol é o orgasmo do futebol, não os três pontos, que também são importantes.
Cabe lembrar que Renê Simões foi defensor da chegada de Jesus antes da contratação do português, o apontando como um "profissional sensacional" e um ótimo "gestor da singularidade".
INTERCÂMBIO 'ABSOLUTAMENTE FUNDAMENTAL'
Com vasta experiência em categorias de base e até na seleção da Jamaica, Renê Simões vê o intercâmbio cultural como "absolutamente fundamental para a recuperação do nosso futebol".
- Acho que o intercâmbio com outras culturas é absolutamente fundamental para a recuperação do nosso futebol no cenário mundial. Tem havido uma mexida, e todos estão saindo da zona de conforto. Isso vale para todas as categorias envolvidas no futebol.
- Peguemos o exemplo de (Jorge) Sampaoli no Santos. Como era estrangeiro, apesar de um início de desclassificações e algumas goleadas, foi mantido pela diretoria e fez um ótimo Brasileiro. Se fosse treinador local, não seria mantido, o que é uma lição para que os dirigentes tenham mais paciência.
NOVO DESAFIO DE RENÊ
Atualmente exercendo a função de coach, Renê Simões também irá se aventurar em um reality show voltado a revelar novos talentos do futebol. Ele e Joel Santana serão os orientadores dos jovens do programa "Uma Vida, Um Sonho", do SBT, que irá ao ar entre maio e julho, com garotos de 18 a 20 anos.