Jorge Sampaoli, técnico do Flamengo, falou publicamente sobre agressão do preparador Pablo Fernández em Pedro. O episódio aconteceu no vestiário rubro-negro, neste sábado, após vitória do clube sobre o Atlético-MG por 2 a 1 no Campeonato Brasileiro.
Em publicação nas redes sociais, Sampaoli fez críticas à violência, mas manteve uma "postura imparcial", sem tomar partida por nenhum dos lados.
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- Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam - escreveu Sampaoli no início do texto.
O Flamengo ainda não se pronunciou até o momento.
O técnico argentino, inclusive, corre risco de deixar o cargo neste domingo. Com a demissão iminente do preparador físico, Sampaoli vai se reunir com dirigentes do clube para definir um solução consensual.
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Leia o texto de Jorge Sampaoli na íntegra:
"Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam.
A história me mostrou que a única solução é a conversa. Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Eu tenho fé na palavra. Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência nos separa e a conversa nos une.
Quando eu era criança e comecei a jogar futebol, as brigas dentro e fora do campo eram muito comuns. Assim como muitas coisas no mundo mudaram para pior, algumas mudaram para melhor. A violência é menos aceita a cada dia como forma de resolver as coisas. É uma transformação que levará tempo. Não será de um dia para o outro. Todos nós temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para ser melhor.
Eu sou o condutor desta equipe. Me dói muito quando dois colegas de trabalho brigam. Mais do que a violência. Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas.
Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo."