Tite explica substituições de Lorran e Werton em empate do Flamengo com Cuiabá

Técnico concedeu entrevista coletiva após a partida no Maracanã, válida pelo Brasileirão

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Técnico do Flamengo, Tite concedeu entrevista coletiva após o empate em 1 a 1 diante do Cuiabá neste sábado (6), no Maracanã, e explicou as polêmicas substituições de Lorran e Werton. Os jovens entraram em campo ao longo do jogo, mas foram sacados pelo treinador na reta final da partida válida pela 15ª rodada do Brasileirão.

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— O Walter fez um grande jogo, acho que foram 11 finalizações no gol. Em volume criado, com uma série de adversidades, eu não vou falar a respeito de calendário, eu já falei e não quero ser repetitivo. Tivemos a busca até o momento final. De alguma forma, tu precisava taticamente fazer uma mudança para criar as oportunidades. Então, fica aqui o respaldo ao Lorran e ao Werton. A gente precisou do Matheus Golçalves aberto e outro pivô (Carlinhos) enfiado — explicou Tite.

— Queria trabalhar em cima da projeção. Busquei um jogador de articulação para dar mais volume. Como eu tenho o Lorran junto com o Gerson, que são dois articuladores, eles se procuram, a ideia foi tê-los. Depois, montamos uma estratégia para furar o bloco médio e baixo deles (Cuiabá). Tínhamos que fazer o movimento no último terço. É difícil não falar da questão do calendário. A gente faz a análise do adversário e não tem como treinar para esse jogo. Você coloca no vídeo e tenta fazer com que as coisas cheguem na hora. Foi o terceiro jogo seguido em menos de 72h. Não conseguimos manter a regularidade para colocar a gente na cara do gol, de ter uma finalização mais limpa. Temos que reconhecer que, do outro lado, o Walter estava num dia iluminado — completou o técnico do Flamengo, em outro momento.

Tite, técnico do Flamengo, durante partida contra o Cuiabá no Maracana; treinador promoveu substituições polêmicas (Foto: Alexandre Loureiro/AGIF)

Confira outras declarações de Tite após o empate entre Flamengo e Cuiabá:

— Quando você busca o gol, o emocional também conta. O próximo lance é o mais importante. Vai nessa construção. Mas isso não pode ser circunstancial, tem que ser pensada, articulada. Falei da finesse, do detalhe técnico. Do bom domínio, do bom passe, de abrir o campo. Teve alguns fatores que influenciaram.

— Todos os atletas podem (entrar mais vezes). As vezes, nós nominamos um. Mas tem outros. O Werton entrou bem contra o Cruzeiro. As vezes quer um jogador de flanco, outro de articulação. Dentro das lógicas e das características, nós procuramos ideias.

— Vou falar um pouco pessoal. Eu fui dormir ontem. O primeiro dia depois do jogo (contra o Atlético-MG) você não descansa, tem a energia. Eu não sei se, o Bruno Henrique estando limpo, ele consegue sair do contato e não machucar. Mas quando há jogos excessivos a propensão de um atleta machucar é muito maior. Fica o registro. Se o sindicato dos atletas colocou que 66 horas é o tempo mínimo (entre uma partida e outra), eles estão errados também. Estou colocando na condicional. Eu não sei se isso pode ter influenciado a ele ter se machucado.

— (Falta a Lorran) Maturidade. Tempo jogado. Isso só se consegue jogando. E treino. O cara tem uma semana inteira para trabalhar, orientar como ele faz a pressão… Nós ficamos nessa loucura de um jogo atrás do outro. Assim como a equipe oscila, o garoto vai oscilar também.

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