De Valido a Pet e Obina: conheça a história dos cinco tricampeonatos estaduais do Flamengo
Campeão em 2019 e 2020, Rubro-Negro pode se tornar Hexa-Tri se vencer o Fluminense neste sábado, no Maracanã. Primeiro jogo da final acabou em empate por 1 a 1
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Se não bastasse a chance de conquistar o segundo título na temporada, o Flamengo terá um estímulo extra quando entrar em campo neste sábado, às 21h05 (de Brasília), para enfrentar o Fluminense pela final do Carioca. Se derrotar o rival e levantar o caneco no Maracanã, a geração de Filipe Luís, Gerson, Bruno Henrique, Gabigol e cia. colocará ainda mais o nome na história rubro-negra ao conquistar o sexto tricampeonato estadual do clube.
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Apesar da queda de prestígio nos últimos anos, o Campeonato Carioca foi por muitas décadas o principal foco para os clubes do Rio de Janeiro. Com o posterior surgimento do Brasileirão e da Libertadores, o torneio foi aos poucos sendo deixado de lado na lista de prioridades, mas os tricampeonatos estaduais se tornaram algo com muita relevância na história do Flamengo.
Até o início do século XXI, inclusive, o escudo do clube levava - além da estrela dourada (em homenagem ao Mundial de 1981) - quatro estrelas vermelhas, cada uma representando os tricampeonatos conquistados até então. Abaixo, o LANCE! relembra a história das cinco conquistas históricas do Flamengo.
PRIMEIRO TRI: 1942 -1943 - 1944
O primeiro tricampeonato carioca da história do Flamengo teve um grande mentor: o técnico Flávio Costa. Foi ele quem estruturou a equipe que em 1942 - liderada por Zizinho e craques como Domingos da Guia, Biguá, Bria, Jayme e Pirillo - pôs fim à série de títulos do Fluminense.
Em três anos, foram 44 vitórias, 188 gols marcados e apenas 6 derrotas. O time obteve a média de três gols por partida, tendo Pirillo como artilheiro do período (46 gols). Foi dele, inclusive, o gol que garantiu o empate por 1 a 1 com o Tricolor, nas Laranjeiras, e o caneco de 1942 para o Rubro-Negro.
No ano seguinte, o título veio em uma goleada contra o Bangu. Com três gols de Perácio e dois de Pirillo, o Flamengo fez 5×0 sobre o alvirrubro, e garantiu o bicampeonato carioca. O tri veio com a categoria e a raça de Valido: aos 30 anos, o ponta-direita argentino voltou ao futebol após a aposentadoria e marcou o gol da conquista de cabeça, aos 41 minutos do segundo tempo da final contra o Vasco, diante de 20 mil torcedores na Gávea.
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SEGUNDO TRI: 1953 - 1954 - 1955
O sangue paraguaio foi importantíssimo na conquista do segundo tricampeonato rubro-negro. Vindo do país vizinho, o técnico Fleitas Solich trouxe os conterrâneos Chamorro e Benítez. Os quatro uniram-se a uma grande geração que contava com Pavão, Jodir, Dequinha, Jordan, Joel, Rubens, Paulinho, Índio, Evaristo, Esquerdinha, Zagallo e Dida - que viria a ser o grande ídolo de infância de Zico.
Em 1953 e 1954, ainda no sistema de pontos corridos, o Flamengo foi campeão e teve Fluminense e America como vices, respectivamente.
No ano seguinte, o formato de disputa mudou, mas o campeão continuou o mesmo. O segundo tricampeonato do Flamengo veio na decisão contra o América, em três partidas. Na primeira, vitória de 1 a 0; na segunda, uma surpreendente derrota por 5 a 1; e, na finalíssima, o troco com goleada rubro-negra por 4 a 1.
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TERCEIRO TRI: 1978 - 1979
Antes de conquistar o Brasil, a América e o mundo, o primeiro título importante da equipe mais vitoriosa da história do Flamengo foi o tricampeonato carioca em 1978 e 1979. Liderada por Zico, a geração de Adílio, Rondinelli, Tita e Júnior, reforçada pelos experientes Raul e Carpegiani, deu os primeiros passos para a glória ao conquistar três Cariocas consecutivos.
Em 1978, o título em cima do Vasco veio com o épico gol de cabeça do zagueiro Rondinelli, o Deus da Raça, que testou com força o escanteio cobrado por Zico para bater o goleiro Leão e impedir o bicampeonato do rival. No início do ano seguinte, em meio à incerteza sobre o Campeonato Brasileiro, a Federação do Rio decidiu organizar um campeonato que ficou conhecido como "Especial" - e seus dois turnos foram vencidos pelo Flamengo, de forma invicta, tendo Zico como artilheiro.
Desta forma, 1979 teve dois campeonatos estaduais, mas apenas um campeão: o segundo torneio teve três turnos e novamente todos foram vencidos pelo Flamengo, de novo com Zico consagrando-se artilheiro.
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QUARTO TRI: 1999 - 2000 - 2001
O tricampeonato seguinte só viria duas décadas depois, na virada do século XX. A partir de 1999, foram três decisões consecutivas contra o Vasco que geraram histórias inesquecíveis para uma geração de rubro-negros.
No primeiro título, o Maracanã lotado assistiu o Flamengo pressionar seu adversário durante a maior parte do jogo decisivo, em uma tensão que só se aliviou quando Rodrigo Mendes cobrou falta de longa distância e viu sua bala desviar na barreira e vencer o goleiro do rival. Em 2000, depois de vencerem por 3 a 0 a primeira partida, os rubro-negros encheram as arquibancadas para celebrar o bicampeonato em vitória por 2 a 1, gols de Reinaldo e Tuta.
E, em 2001, a emoção teve seu auge aos 43 minutos do segundo tempo da partida decisiva. Após vencer o primeiro jogo das finais por 2 a 1, o Vasco podia perder por até um gol de diferença para garantir o título. Mas uma cobrança perfeita de falta de Petkovic definiu o 3 a 1 que trouxe o troféu para a Gávea.
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QUINTO TRI: 2007 - 2008 - 2009
Se o Vasco foi derrotado em três finais consecutivas no quarto tri, o quinto veio com vitórias seguidas sobre o Botafogo. A sequência começou em 2007: Renato Augusto, com uma bomba da intermediária, fez o golaço que igualou o placar na segunda partida. Com o 2 a 2, resultado idêntico ao do primeiro jogo, a decisão foi para os pênaltis e o Flamengo saiu vencedor.
Em 2008, Obina marcou nas duas vitórias contra os alvinegros (por 1 a 0 e 3 a 1) e garantiu o bi. No ano seguinte, sob comando de Cuca e liderado por Fábio Luciano, o tri veio com o roteiro igual ao de 2007: dois empates por 2 a 2 antecederam a vitória rubro-negra nos pênaltis.
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