O Flamengo perdeu para o Fluminense por 4 a 1 e ficou com mais um vice-campeonato em 2023. A atuação rubro-negra foi muito abaixo, e Vítor Pereira foi o grande vilão. Embora sofra muita pressão e saiba que está na corda bamba, o treinador confirmou que não teme demissão por parte do clube da Gávea.
- Sobre a reação da torcida (xingamentos), eu compreendo. Naturalmente, um resultado deste, se estivesse na torcida, também me manifestaria. Não tenho nenhuma indicação em relação à demissão. O trabalho está no início, é para ser feito, o Brasileirão nem começou. Estou de corpo e alma, me dedico todos os dias. Sei que o momento é complicado e compreendo a reação da torcida - disse, em entrevista coletiva.
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O português também se comprometeu a trabalhar para recuperar o tempo perdido no Flamengo. Apesar da derrota vexatória, em que Vítor Pereira reconheceu os erros, o treinador confirmou que o time vinha de evolução.
- Não sou eu, é o clube que define. Eu vim para o Flamengo no sentido de trabalhar, melhorar a equipe, construir uma equipe forte. Estou convencido de que isso é possível. Próximo treino, conversar com os jogadores e continuar nosso trabalho. Ninguém se prepara para vir aqui depois de uma derrota. Me surpreendeu o nível que apresentamos. Posso assumir o compromisso para trabalhar - finalizou.
Por enquanto, Vítor Pereira permanece no Flamengo e mira a estreia no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro enfrentará o Coritiba na primeira rodada, diante de sua torcida no Maracanã, de olho no nono título nacional, no próximo domingo.
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Sobre o jogo
- Falar do jogo, temos que reconhecer o mérito do Fluminense. Reconhecer também que nós de fato não estivemos no nosso nível, tática, técnica e mentalmente. Estivemos abaixo daquilo que somos capazes. Temos que trabalhar para melhorar, corrigir os erros, ser mais forte no futuro. No primeiro jogo fomos superiores, mas hoje temos que reconhecer. Em conjunto, não eu, em primeiro lugar, e meus jogadores também. Por algum motivo que ainda não consegui perceber, temos que conversar todos.
Jogo contra o Aucas e pressão
- Nós vínhamos, antes do jogo contra o Aucas, de três vitórias consecutivas, com mérito. O Aucas foi um jogo moderado, na segunda etapa caímos. Não pinto como o desastre. Hoje de fato é um jogo que vai na contramão. Esperava um jogo muito mais forte da nossa parte. Os jogos não foram todos assim, ganhamos do Fluminense de forma consistente no último jogo.
Responsabilidades
- Sou um treinador que assumo as responsabilidades. Não esperem isso de mim, não é o momento oportuno. Tenho um bom elenco, jogadores de caráter. Trabalharam, mas hoje parecia uma forma desligada, descoordenada taticamente. Tecnicamente não foi um bom jogo da nossa parte. Nunca irei apontar erros individuais. Nós falhamos em tudo. O Fluminense venceu a partir do momento em que não reagimos. A primeira etapa foi muito abaixo.
Mudança de estratégia com Gabi
- Pretendíamos ter mais a bola. O Matheus França jogou contra o Fluminense e fez um bom jogo contra o Aucas. Queríamos jogar com dois atacantes, mas claramente não funcionou.