Depois do técnico Jorge Sampaoli negar acordo para assumir o Flamengo caso Wallim Vasconcellos ganhe a eleição presidencial do clube - prevista para segunda-feira -, o dirigente conversou com a imprensa na tarde desta terça-feira e destrinchou a negociação com o treinador. Segundo Wallim, Sampaoli deu a negativa à imprensa chilena por ter contrato vigente com a seleção do Chile e não querer criar atritos. Ele completou garantindo que o acordo foi selado no último fim de semana, e teve o respaldo do comandante.
- Fui com o Luiz Eduardo Baptista para Santiago, tivemos com o Sampaoli uma reunião de três horas e a conversa foi boa. Ele ficou motivado por conta da credibilidade passada pelo nosso grupo. Negou por estar sob contrato por lá, falará apenas se ganharmos a eleição. Existe o acordo, isso não é jogada política. Não tem nada assinado, mas há trocas de e-mail para um vínculo de três anos - afirmou Wallim Vasconcellos, antes de completar:
- No dia 14 de setembro, o Sampaoli autorizou o Gelson Baresi a continuar a negociação. Passamos para a parte financeira fixa com variável, trará dois auxiliares e as negociações avançaram depois das eliminatórias. O acordo foi finalizado com o empresário no fim de semana. Desde o início imaginamos o futebol do Flamengo, estamos no mais do mesmo, e precisávamos inovar, mudar, trazer gente que na prática melhore o time. E foi um consenso o nome do Jorge Sampaoli para conseguimos este objetivo.
Além de Sampaoli, chegarão o auxiliar Juan Manuel Lillo, e um preparador físico. Lillo, que esteve ao lado de Sampaoli na Copa América, vem trabalhando com as divisões de base da seleção chilena e tem passagens por clubes como Real Sociedad e Zaragoza (ambos da Espanha) e Millonarios (da Colômbia). Wallim Vasconcellos também anunciou que Zico, ídolo maior do Flamengo, está confirmado para trabalhar no desenvolvimento da base. A tendência é que o Galinho seja um consultor.