Quando a temporada 2016 começou, o torcedor tricolor viu na memória de um passado recente e na novidade que acabara de chegar as bases da esperança por um ano bem próximo da perfeição. Líder em campo, Fred ganhou uma companhia no protagonismo. Diego Souza, que foi cria de Xerém, retornou após uma década de passagens por equipes de Europa, Ásia e também do futebol nacional. Era a dupla perfeita. Só que, quase três meses se passaram e a realidade ainda caminha na contramão da expectativa.
Dos 11 jogos oficias realizados pelo time, entre Carioca e Primeira Liga, apenas quatro tiveram a presença de ambos. A primeira vez terminou com sabor um pouco amargo: empate com o Madureira, por 3 a 3, em Macaé. Depois, uma goleada (4 a 0 sobre o Tigres) levantou o astral nas Laranjeiras. Porém, as lesões castigaram o atacante da camisa 9, que foi desfalque em algumas ocasiões. Ainda assim, ele conseguiu alcançar o terceiro posto na lista dos maiores artilheiros da história do clube (hoje com 273 gols). Fred e Diego estiveram juntos em outras duas oportunidades, mas sem motivos para comemorar: derrotas nos clássicos para Flamengo (1 a 2) e Botafogo (0 a 2). Esta última, por sinal, ocasionou a demissão do técnico Eduardo Baptista. No total, acumularam dois reveses, uma vitória e um empate.
Só com Fred em ação, o desempenho é ainda pior: duas derrotas (0 a 1 - Atlético-PR / 1 a 3 - Volta Redonda) e uma amenizadora goleada (4 a 0 - Tigres do Brasil). No entanto, estas partidas foram justamente as primeiras, quando o meia não havia sido regularizado e a equipe, em início de formação, estava, aceitavelmente mais propícia a tropeços.
"Sozinho", Diego teve mais a celebrar: venceu o Cruzeiro (4 a 3) no Mineirão, fazendo três gols, o Friburguense também fora de casa, o América (1 a 0), e ficou na igualdade com o Botafogo (1 a 1).
No geral, a dupla ficou sem nenhum representante em campo apenas no triunfo sobre o Criciúma, quando Levir Culpi decidiu correr o risco logo em sua estreia, escalou os reservas e acabou se dando bem (venceu por 2 a 0). Foram nove gols: seis de Fred e três de Diego. Atualmente, a parceria está há seis jogos sem balançar as redes adversárias. Hoje, no Pacaembu, o atacante volta ao time após quatro partidas fora devido a um edema na coxa esquerda. Para Levir, o sucesso desse "casamento" não está ligado a criação de um novo desenho do Tricolor no gramado.
- Não diria ser necessário as mudanças táticas. Mas os dois têm que se adaptar ao sistema tático, isso sim. Tem a questão do conjunto: se funciona com o time, se ataca bem, passa bem, defende bem... Depende muito do acerto tático do time e do aproveitamento tático dos dois - analisou o treinador.