Abel diz que Fluminense ‘não vibrou’ e vê peso da altitude: ‘Não parecia que tínhamos um jogador a mais’

Treinador afirmou que a equipe não rendeu tudo que poderia mesmo com a vitória de virada sobre o Millonarios na Colômbia, pela segunda fase da Libertadores

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O Fluminense conquistou um importante resultado ao vencer o Millonarios por 2 a 1, de virada, na noite desta terça-feira, no Estádio El Campín, em Bogotá (COL). Após a partida, porém, o técnico Abel Braga criticou a atuação da equipe, que sofreu mesmo com um jogador a mais desde os 18 minutos do primeiro tempo. Para ele, a altitude de 2.552 metros acima do nível do mar pode ter pesado para o desempenho fraco.

- A partida foi muito mais difícil do que eu imaginava. Uma equipe jovem, muitíssimo rápida, pressiona bem, joga em triangulação pelo lado do campo. Foi bem difícil. Soma-se a isso a altitude, que torna tudo mais complicado ainda. Ficamos devendo muito a nível de criatividade. Tivemos 60% de posse de bola, 32 vezes dentro do último terço do campo, mas fomos uma equipe que não vibrou. Não sei, sinceramente. É difícil cobrar, vou saber quando conversar com eles. Acho que a altitude teve uma influência grande - analisou o treinador.

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Depois da lesão de Fred, Abel apostou na entrada de Germán Cano, autor do segundo gol. Além dele, Paulo Henrique Ganso, Jhon Arias e Martinelli também saíram do banco e ajudaram a dar mais dinâmica, especialmente o último, que fez a jogada para a virada do Flu.

- Sim, mudaram, mas não mudou a características. Começamos a ter mais a bola, mas não parecia que tínhamos um jogador a mais. Quando se joga na altitude é muito complicado ter 50% de acerto. Tínhamos um jogador a mais, mas parecia que eram 10 contra 10. Conseguimos tocar a bola, mas ficamos muito para trás. Ficamos, no meu modo de pensar, muito abaixo do que podemos produzir, fisicamente acabamos o jogo esgotados 100%, e mesmo assim poderíamos ter feito em três oportunidades o terceiro gol e não fizemos. Isso é ruim para o próximo jogo - afirmou.

As equipes voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, às 21h30, em São Januário. O Flu tem a vantagem, mas vale lembrar que não há mais o gol qualificado como critério de desempate na Libertadores. Antes disso, porém, o Tricolor tem importante clássico com o Vasco pelo Campeonato Carioca, no sábado, às 17h.

- O Ganso entrou bem, o Cano, Arias, Martinelli. Estou falando de quatro jogadores. Vai ter o momento da titularidade. O bom disso tudo é que todos estão trabalhando muito bem. Estamos fortificando o ambiente do trabalho, que é espetacular. Mas vamos com calma. Agora temos um clássico no sábado, no meio de dois jogos decisivos. Muito difícil para nós resolver colocar a equipe toda no sábado para jogar na terça é complicado. O time vai ser definido de acordo com o que a fisiologia e a preparação física decidirem - admitiu.

Um dos heróis da partida foi o goleiro Fábio, que defendeu um pênalti logo no início do segundo tempo. Isso não acontecia desde março do ano passado, quando Marcos Felipe salvou uma cobrança do Boavista. Em 2021, o Fluminense cometeu 19 penalidades, mas apenas uma não resultou em gol.

- O pessoal sabe que eu não sou de individualizar, se tivesse que individualizar hoje seria o Martinelli, que entrou muitíssimo bem. Nós no Fluminense, como em todo clube, temos o treinador de goleiro. O Fábio foi contratado pelo excelente goleiro que é e não só por ser um grande pegador de pênalti. Defendeu um pênalti em um momento crucial, muito importante, mas quem vai decidir quem joga ou não, todo jogo, é o André (Carvalho), que é o treinador de goleiros. Se eu amanhã achar que um goleiro que está jogando não está respondendo aquilo que eu espero, aí eu peço para trocar. Mas até agora acho que ambos estão até agora em um momento muitíssimo bom - finalizou.

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