Destaque do título brasileiro do Fluminense em 2012, Wellignton Nem voltou ao clube no segundo semestre de 2019, mas acabou tendo passagem apagada. Hoje no Shakthar Donetsk, da Ucrânia, o atacante mostrou mágoa pela falta de espaço com o técnico Marcão, que assumiu o comando do time durante a temporada após a saída de Oswaldo de Oliveira. Em entrevista ao portal "Netflu", o atleta avaliou como "sacanagem" as poucas oportunidades recebidas.
– Acho que eu tive muito pouco tempo para treinar. Eu vinha de férias de 40 dias. Daí eu treinei uma semana e meia e voltei a jogar. A gente também não estava muito bem, perto da zona de rebaixamento. Quando estava o Diniz eu estava começando a jogar, o cara tinha confiança em mim, eu confiava nele… Fiquei triste por ele ter saído. Depois chegou o Oswaldo, também tive chances, estava bem, ganhando ritmo de jogo. Depois senti contra o Palmeiras, fiquei dois ou três jogos fora. Aí voltei contra o Santos, quando estávamos com um ou dois a menos. Aí Oswaldo foi mandado embora e entrou o Marcão. Aí, quando ele veio, só me colocava 15 minutos num jogo e me deixava três jogos fora. Fazia isso outras vezes. Essa foi a sacanagem que fizeram comigo - comentou.
Com Marcão, Wellington Nem entrou menos ainda em campo, chegando a ficar no banco durante toda a partida por cinco vezes. O atacante foi escolhido normalmente quando o time estava perdendo, mas não conseguia mudar o jogo.
- Acho que não me deram o valor que eu merecia. Fiz de tudo pra voltar, baixei salário. Teve propostas de outros clubes do Brasil que, na ocasião, eram melhores do que a do Fluminense. Mas eu optei pelo meu clube do coração e acabei sendo sacaneado. O futebol é isso. Essas coisas acontecem. A vida é assim - completou.
O jogador foi mais um a sair das Laranjeiras com dívidas. Segundo ele, seu advogado já conseguiu entrar em acordo com o Fluminense, mas nada foi pago ainda. Nem imagina que só receberá algo após o fim da pandemia no novo coronavírus e entende que o Tricolor passa por situação complicada financeiramente.
– Sim. Quando saí, ficaram me devendo. Mas meu advogado, as pessoas que trabalham para mim, já entraram em acordo com o Fluminense. Um acordo bom para o clube e já foi resolvido. Os clubes do Brasil estão passando por um momento difícil e o Fluminense está incluso nisso - afirmou.