Altitude, campeões e premiação: o que o Fluminense pode encarar nas primeiras fases da Libertadores

Tricolor terá pedreiras pela frente e espera para saber qual será o primeiro adversário após partida na quarta-feira do Campeonato Colombiano

imagem cameraFluminense foi líder do grupo na última Libertadores e caiu nas quartas de final (Foto: Lucas Merçon/FFC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 20/12/2021
17:18
Atualizado em 21/12/2021
06:00
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O Fluminense já começou a ter uma ideia do caminho que terá pela frente na briga para chegar à fase de grupos da Libertadores. Com pedreiras já logo de cara, o Tricolor viu no sorteio do chaveamento da fase preliminar da competição, realizado nesta segunda-feira, em Assunção, no Paraguai, que terá o representante 3 da Colômbia, ou seja, Millonarios ou Deportivo Cali na segunda fase. Caso avance, o jogo seguinte seria diante de Atlético Nacional (COL), Cesar Vallejo (PER) ou Olimpia (PAR).

O primeiro confronto contra uma das equipes colombianas será na semana de 23 de fevereiro, enquanto o segundo, no Rio de Janeiro, é em 2 de março. Este duelo deve ser em São Januário, já que o Maracanã estará fechado. Deportivo Cali e Tolima decidem nesta quarta-feira a final do Torneio Finalización, um dos dois campeonatos nacionais do país da temporada. Se o time de Cali vencer, vai direto para a fase de grupos. Se der o Tolima, será aberta uma vaga na fase de grupos para o time seguinte com a melhor campanha, o Millonarios.

E caso o Millonarios seja de fato o adversário, o Fluminense terá pela frente algo que tenta fugir: a altitude. A equipe de Bogotá joga no Estádio Nemesio Camacho, conhecido como El Campín, que fica a 2.552m acima do nível do mar. O Deportivo Cali, por exemplo, joga em um estádio que possui 1.018m de altitude, similar a São Paulo.

Veja como ficou o chaveamento da Libertadores

O Millonarios ficou em terceiro e segundo no Apertura e no Clausura, respectivamente, enquanto o Deportivo Cali terminou em quarto e sétimo. No quadrangular, o Cali liderou o Grupo A (que tinha Junior Barranquilla e Atletico Nacional), enquanto o Millonarios ficou em segundo no Grupo B. O Deportivo, inclusive, tem Guillermo de Amores, goleiro uruguaio que passou pelo Flu, não jogou e gerou uma dívida na Fifa paga recentemente pelo clube.

Já em uma eventual terceira fase, o caminho pode ter times mais tradicionais e também complicados. Um deles é o Atlético Nacional, que foi lanterna do grupo da Libertadores em 2021, mas é bicampeão da competição (1989 e 2016) e liderou o Apertura e o Clausura do Campeonato Colombiano, mas deixou a desejar no quadrangular. O Flu encara quem sair vencedor do duelo entre o time colombiano e o terceiro classificado da fase 1 (Universidad César Vallejo-PER ou Olimpia-PAR).

O Olímpia, inclusive, é tricampeão (1979, 1980 e 2002) e algoz do Fluminense nas quartas de final da Libertadores em 2013. Na época, o Flu também era comandado pelo técnico Abel Braga, anunciado para a próxima temporada. O time teve a quarta melhor campanha do campeonato paraguaio e entrou na última vaga do país. Os paraguaios ficaram em oitavo entre dez competidores no Clausura, mas venceram a Supercopa do Paraguai recentemente.

O César Vallejo seria um adversário inédito para o Fluminense na história. A classificação veio após a quarta posição no campeonato peruano. No Apertura, segundo lugar no Grupo B (seis pontos atrás do Sporting Cristal). No Clausura, terminou em oitavo lugar.

O mais complicado são as duas equipes que já foram campeãs da competição anteriormente. Neste caso, a maior altitude seria em caso de confronto com o Atletico Nacional, já que Medellín tem 1,495m, mas não é algo que afete tanto.

PREMIAÇÃO

Além do sonho esportivo de disputar a Libertadores, o Fluminense está de olho também no dinheiro que essa vaga vai trazer para o clube. Houve um aumento na premiação para os campeões, mas as cifras são altas e podem chegar a R$ 24,6 milhões caso o Tricolor levante a taça. Se for vice, esse número fica em R$ 14,6 milhões.

O Fluminense volta à Libertadores pelo segundo ano seguido e a oitava vez na história. Neste ano, a equipe terminou como líder em um grupo que tinha River Plate (ARG), Junior Barranquilla (COL) e Independiente Santa Fe (COL). Nas oitavas, deixou o Cerro Porteño (PAR) para trás, mas caiu nas quartas para o Barcelona de Guayaquil (EQU) com um empate por 2 a 2 no Rio de Janeiro e outro por 1 a 1 no Equador.

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