A maneira como o Fluminense atuou no empate em 2 a 2 diante do Goiás no último domingo (11), no Estádio da Serrinha, deixou nítido o quanto a pausa da Data Fifa se tornou urgente para os comandados de Fernando Diniz. Por mais que os tricolores tenham engrenado em campo, o forte cansaço, aliado à sucessão de desfalques voltaram a ficar evidentes nos pés dos jogadores.
O confronto válido pela décima rodada do Brasileirão deu a Diniz um panorama do potencial do Tricolor das Laranjeiras e do que precisará ajustar neste período de descanso.
FIM DE SECA E MOMENTOS DE PODERIO OFENSIVO
Depois de um mês de idas e vindas, o setor ofensivo trouxe momentos promissores. Germán Cano voltou a marcar, encerrando um jejum de sete jogos. Lançado como titular, Lelê não se omitiu do jogo, ao tentar jogadas com Arias ou apostar em investidas com Cano.
A dupla entre Arias e Lelê também teve bons momentos em investidas por via aérea, em especial no primeiro tempo. O colombiano também mostrou abnegação em momentos desafiadores dos tricolores no segundo tempo.
IMPROVISOS E SACRIFÍCIOS
Dos seis desfalques que o Fluminense teve no Serrinha, ficou mais nítido o problema da lateral esquerda. Além dos laterais de ofício Marcelo e Jorge, o técnico Fernando Diniz teve a baixa de Alexsander, meia deslocado com frequência para o setor.
Outro jogador deslocado para este lado, Guga teve de retornar à sua posição de origem, pois o lateral-direito Samuel Xavier estava improvisado. O meia Gabriel Pirani atuou improvisado e, por mais que tenha se empenhado para ir à frente, sofreu com as investidas do Goiás na reta final de cada tempo. A trapalhada de Martinelli no fim da etapa inicial deu margem para a finalização de Morelli e, na sobra da defesa de Fábio, Pirani cometeu pênalti sobre Apodi. Matheus Peixoto converteu a cobrança.
No segundo tempo, o meia-atacante Alexandre Jesus também ocupou o setor e teve de se desdobrar. Além do jovem Esquerdinha ser opção, o Fluminense tem Diogo Barbosa na mira para a sequência do ano.
BONS MOMENTOS SE ESVAEM
Os tricolores se mostraram aguerridos ao tentarem propor o jogo e viram a dedicação da equipe culminar no gol de Lima no início do segundo tempo. O camisa 45 assumiu bem o desafio de substituir Paulo Henrique Ganso e ainda deixou o seu no dia do seu aniversário.
No entanto, a série de desfalques do Tricolor das Laranjeiras foi pesando à medida que o jogo transcorreu. Com as substituições, o Fluminense não manteve sua força e viu o Goiás ganhar força principalmente na reta final. Sinal de que o elenco curto começa a causar problemas para a equipe.
NOVA DOR DE CABEÇA?
Outro reflexo da sequência de jogos do Tricolor das Laranjeiras aconteceu aos 21 minutos do segundo tempo. Nino caiu no gramado chorando e se queixando de dores no músculo adutor da coxa direita. O zagueiro deixou o campo, foi substituído e sua situação pode custar a convocação para os amistosos da Seleção Brasileira.
Enquanto isso, na Serrinha, a equipe de Fernando Diniz se ressentia ainda mais de entrosamento. Por mais que David Braz lutasse, seu entrosamento com Manoel não funcionava e a equipe corria riscos.
PERDA DE FÔLEGO DIANTE DO GOIÁS
Nos dois tempos, o Tricolor das Laranjeiras viu o desgaste acarretar em gols sofridos. A situação ficou ainda mais nítida nos últimos minutos do confronto. O Goiás avançou com perigo com frequência em contra-ataques, obrigando os defensores a correrem além da conta para evitarem investidas.
Além disso, não faltaram chances em jogadas aéreas, nas quais Fábio se desdobrou para evitar. Até que Alesson aproveitou um momento de hesitação e definiu o empate na Serrinha. O momento não é só de se recuperar na classificação do Brasileiro e da Libertadores, mas de repor as forças de seus jogadores e comprovar que o grupo tem forças para se impor.