ANÁLISE: Fluminense não joga bem, mas avança e busca superar ‘barreira traumática’ na Libertadores

Tricolor conquistou grande vitória sobre o Argentinos Juniors

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Apesar da vitória e da classificação às quartas de final da Libertadores, o Fluminense não conseguiu apresentar um grande desempenho diante do Argentinos Juniors, na noite da última terça-feira (8). Com pouca criatividade, a equipe de Fernando Diniz sofreu e suou para achar o primeiro gol com Samuel Xavier.

Na etapa inicial, o Tricolor finalizou apenas três vezes, mas se assustou com duas chegadas do adversários após erros individuais de André e Keno. No segundo tempo, o Flu voltou melhor, Cano quase abriu o placar em uma cabeçada perigosa, mas Martinelli falhou em uma saída de bola em que Alan Rodríguez não conseguiu concluir da melhor maneira.

E até os 40 minutos da etapa final, a equipe de Fernando Diniz tinha conseguido finalizar contra o Argentinos Juniors apenas seis vezes, sendo duas na direção do gol defendido por Acosta, segundo dados do "Footstats". Até que o iluminado Samuel Xavier anotou um golaço, enquanto John Kennedy fechou a conta nos acréscimos quando os "hermanos" já não tinham nada a perder.

Essa dificuldade para criar jogadas e finalizar em gol já havia sido abordada no confronto de ida, onde o Argentinos Juniors chegou a atuar com um atleta de linha improvisado no gol após a expulsão de Arias, e o Fluminense conseguiu chutar na direção da meta apenas uma vez. Justamente no gol de Samuel Xavier.

Na volta, o adversário não contava com seu goleiro principal, enquanto o reserva se lesionou no aquecimento. Com isso, Acosta, que nunca havia feito uma partida como profissional, fez sua estreia diante de um Maracanã lotado, mas foi mais protagonista por conta de sua cera do que por uma grande partida.

Embora a dificuldade de criação tenha ficado evidente mais uma vez, o Fluminense é uma equipe que não desiste e marcou seus três gols no mata-mata da Libertadores após os 40 minutos da segunda etapa. E vem dando alguns sinais do que já foi visto em 2008, onde o clube chegou na decisão com vitórias épicas em finais de partidas e gols nas retas finais dos jogos.

BARREIRAS TRAUMÁTICAS

Com as oitavas de finais fechadas pelo Fluminense, a equipe de Fernando Diniz chega às quartas de final buscando alcançar o melhor feito no clube desde 2008, onde chegou na decisão da Libertadores. De lá para cá, foram outras seis participações na competição (contando com 2023), mas com mais decepções do que alegrias.

Em 2012, 2013 e 2021, o Tricolor ficou pelo caminho justamente nas quartas de final, onde irá encarar ou Flamengo ou Olímpia, dependendo do vencedor do duelo que será realizado na quinta-feira (10). E para ultrapassar essa barreira, Fernando Diniz precisa encontrar soluções para fazer a equipe fluir melhor.

Após uma série de bons resultados contra o Flamengo, o Fluminense se vê sem vencer o clássico há três embates (sendo dois empates), enquanto o Olímpia também foi responsável pelas eliminações do clube nas Libertadores em 2013 e 2022 (antes mesmo da fase de grupos).

Na zona mista, Felipe Melo admitiu que o Time de Guerreiros precisa elevar seu desempenho em busca do tão sonhado título, enquanto Fernando Diniz aprovou a produtividade de seus comandados, principalmente no segundo tempo. No fim, o resultado é o que importa para o torcedor, mas o alerta precisa estar ligado.

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