O volante André, do Fluminense, concede entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (3), no CT Carlos Castilho, antes da final da Libertadores 2023. O Tricolor enfrenta o Boca Juniors no sábado (4), às 17h, no Maracanã. Confira os principais pontos abordados por André na coletiva.
Questionado sobre a fase recente do time desde a classificação para a final da Libertadores, André concordou que a equipe vem oscilando, mas afirmou que é algo natural e na decisão será diferente.
- Cara, desde quando classificamos para a final, o nosso time jogou bastante mexido. Alguns jogos com a equipe alternativa, alguns jogos com a equipe alternativa. É normal que isso aconteça. Tiveram jogos que perdemos que jogamos muito bem. Sobre a final, é outra história. Jogo único, onde nossa equipe que vem jogando a mais tempo vai jogar. Desde o jogo contra o Inter, o nosso pensamento tá mais nesse jogo (final da Libertadores). Estamos nos preparando para acertar os detalhes que erramos nas últimas partidas. É basicamente a mesma equipe que jogou a final do Carioca, isso é muito importante - disse André.
Sobre uma possível decisão em disputa de pênaltis e o goleiro adversário, Romero, André fez questão de exaltar o camisa 1 tricolor, Fábio. Além disso, comentou sobre os estilos diferentes de futebol das equipes.
- Nós sabemos como a equipe deles vai vir. Eles têm um grande defensor de pênaltis, mas nós temos o Fábio também. Goleiro fora da curva, que já venceu várias decisões de pênaltis também. Óbvio que a gente quer ganhar no tempo normal, mas nossa equipe está preparada para jogar 90', 120', se for preciso ir para a decisão por pênaltis. Nossa equipe já treina aqui há bastante tempo, não sei se tem uma equipe que treina mais que a gente. Professor Diniz dá muito estímulo, já estamos acostumados a isso, a treinar bastante. Então, nossa equipe está preparada para fazer um bom futebol durante todos os minutos - comentou o volante do Fluminense.
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Nos últimos dias, Fernando Diniz afirmou que estava sendo difícil se entregar 100% nos jogos do Brasileirão, já que a final da Libertadores se aproximava. Perguntado sobre isso, André concordou que as atenções estavam voltadas para a final da competição continental.
- Quando um time está numa final assim, tão importante, é até normal estar focado mais nessa competição. Não que a gente tenha deixado o Brasileiro de lado, mas é muito difícil para os jogadores estar numa final de Libertadores, sabendo que tem uma grande possibilidade de conquistar um título inédito. É óbvio vai dar mais atenção para essa competição - afirmou André.
- Eu confesso que não estou muito ansioso para este jogo. Óbvio que é um jogo muito importante, talvez o jogo mais importante da história do clube. Mas acho que é viver o dia a dia, viver esse momento que estamos vivendo. Essa semana especial, uma semana muito diferente. É aproveitar o último dia de treino, acertar os últimos detalhes e viver cada minuto. Sair do treino, ir para o hotel, jogar meu videogame hoje e amanhã viver cada momento dessa competição - completou o volante.
Sobre sua decisão de continuar no Fluminense neste ano e recusar propostas da Europa ao longo do ano, André disse que está aliviado. Segundo o volante, a escolha de permanecer se provou acertada.
- Agora que estamos na final, estou um pouco mais aliviado. Saber que fiz a escolha certa de ficar aqui no Fluminense. Se eu tivesse que voltar no tempo, sem saber que estaria na final da Libertadores, faria a mesma escolha. Lugar que eu me sinto bem, onde me sinto feliz, e agora poder desfrutar deste momento. Chegar nessa grande final e saber que estamos com muita chance de conquistar esse título, com certeza um momento especial. Agora é focar apenas na final, apenas aqui no Fluminense. Essa grande possibilidade de fazer história aqui, com certeza está sendo para mim um momento muito feliz - disse o jogador.
- Como pessoa, estou me sentindo muito melhor sabendo que quando nós fazemos a coisa certa, sempre acontecem coisas boas na frente. Então, foi um gesto de muito carinho, muita fidelidade com as pessoas que estavam envolvidas. Com certeza hoje estou me sentindo muito bem e muito confiante para esta decisão - completou André.
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Questionado sobre sua ascensão no futebol profissional e a parceria com Martinelli, com quem atua desde a base no Fluminense, André fez questão de exaltar o companheiro.
- Fico muito feliz. Tenho um carinho enorme pelo Martinelli e estou muito feliz pelo momento que ele está vivendo. Se Deus quiser, desfrutar o máximo com ele nesse grande jogo. É um "moleque" que merece. Às vezes, é até pouco reconhecido o trabalho dele. O toque de bola dele, o que esse "moleque joga". Costumo falar que ele sempre foi o cara que me carregou, é o cara que corre mais dentro de campo, que tem mais "GPS", que briga muito. Então, estar vivendo esse momento com ele aqui no profissional também está sendo muito especial - declarou André.
O volante foi perguntado sobre as confusões envolvendo torcedores do Fluminense e do Boca Juniors na Praia de Copacabana, na quinta-feira (2). André lamentou os acontecimentos e pediu para que as brigas parem.
- Acho que isso é um caso a parte. Muito triste o que está acontecendo. Nós jogadores vendo daqui, o que a gente espera é que as torcidas possam parar com essas brigas. Coisa boba. Todos têm que ter a consciência de aproveitar este momento, as duas torcidas, e só torcer, festejar, aproveitar essas últimas horas antes da grande final. Cada um torcer pelo seu time, brincarem juntos. Agora, quando parte para a violência, é uma coisa que nos deixa muito triste. Uma coisa à parte do futebol. Que eles possam ter consciência e só torcer - disse o camisa 7.
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O volante tricolor afirmou que jogar no Maracanã não dá ao Fluminense o favoritismo. Segundo ele, independentemente do estádio, o time do Boca é muito competitivo.
- Não (somos favoritos por jogar no Maracanã). Independente do estádio que fosse, o time do Boca é um time que compete muito, dentro e fora de casa. Então, aqui no Maracanã, vai ser mais um motivo para eles darem a vida, competirem mais. Para nós, é óbvio que é o melhor estádio possível para disputar a final. É o nosso estádio, onde nosso time, nesta temporada, tem um aproveitamento excelente - comentou o jogador.
Sobre sonhar com gol do título na final, André foi honesto e declarou que já imaginou a situação. No entanto, brincou dizendo que, se depender dele, qualquer um faria o gol do título, até mesmo o goleiro Fábio.
- Ah, cara (risos)... com certeza (sonhei com o gol decisivo). Acho que todo jogador quer fazer o gol, acabar decidindo. Mas, por mim, qualquer um pode fazer o gol do título. Até o Fábio (goleiro), se quiser, pode fazer, o importante é o título. Eu, particularmente, não ligo muito para fazer o gol. Fico feliz com qualquer jogador da equipe. Mas tomara que apareça um herói improvável - disse o volante.
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O Fluminense busca seu primeiro título de Libertadores. Questionado sobre seu tamanho na história do clube caso conquiste a competição neste sábado (4), André disse não ter noção de qual será sua relevância.
- Não (tenho noção de qual será meu tamanho)... cara, é um título muito importante, tanto para mim quanto para a história do clube. (...) É um título que tem uma dimensão sem tamanho. Todos nós jogadores sabemos disso. Não podemos trazer isso como um peso, uma pressão, mas como motivação. - comentou André.
André foi perguntado sobre uma possível "mística" para o Fluminense ser campeão da Libertadores, com viradas improváveis, a possível Recopa contra a LDU, entre outros fatores. Contudo, o camisa 7 disse que isso não entra em campo.
- Não, mano. Isso aí nós procuramos deixar pra pra fora do campo. Tem muita muita coisa aqui que nos favorece, mas na hora do jogo são 90 minutos, são 11 contra 11. Foi a mesma coisa no jogo do Fortaleza. Todo mundo todo mundo achava que o Fortaleza ia ganhar por estar chegando pela primeira vez na final da Sul-Americana, todo mundo torcendo para Fortaleza ganhar o título, mas na hora que chega dentro do campo isso tudo é deixado para trás e ali é 11 contra 11 - declarou o volante.
A arbitragem da decisão da Libertadores será comandada pelo colombiano Wilmar Roldán. Perguntado se há algum tipo de preparação especial por conta do estilo do árbitro, André apenas elogiou o professor e disse que o importante é deixá-lo apitar a partida.
- Esse juiz (Wilman Roldán) é muito experiente, muito qualificado. Não à toa ele vai apitar a final. Ele apitou dois jogos nossos na fase do grupo fora de casa, contra o River e contra Sporting Cristal. Então, acho que é jogar o jogo, não procurar ficar reclamando, não procura ficar dando atenção pra ele. Deixar ele apitar. Espero que que seja um jogo que não tenha muito comprometimento dele. É jogar e não ficar esperando nada dele - comentou André.
Sobre sua evolução e base como jogador construída no Fluminense, onde chegou há mais de 10 anos, André fez questão de enaltecer Xerém. Segundo ele, conquistar o título da Libertadores com tantos jogadores das categorias de base seria especial.
- É uma bagagem praticamente da minha carreira inteira. Por chegar no no clube em 2013 e 10 anos depois está está escutando talvez a final da história do clube, com com time diferente, jogando futebol diferente e com com jogadores da base. Então, é um motivo de muita felicidade pra nós, estar representando Xerém nessa final. Agora é jogar, porque chegou momento, chegou a hora de fazer história e é um momento muito bom pra Xerém - declarou o volante.
André foi questionado sobre seu temperamento, que acaba fazendo com que leve cartões amarelos por reclamação, e como lidar com a "catimba argentina". O jogador admitiu que às vezes se altera e afirmou que tem tentado se controlar mais nos últimos jogos.
- Com certeza tem que estar tem que estar muito equilibrado. Eu acho que a maioria dos jogadores costumam costumam ir para cima da arbitragem quando quando perdendo, quando está atrás do placar, onde outra equipe acaba fazendo cera, caindo no chão, picotando o jogo. Eu acho que que a maioria dos cartões que eu tomei esse ano foi por causa disso. (…) Acabo me alterando um pouco, realmente. Tenho me controlado mais nos últimos jogos, tomando pouco cartão por reclamação. É se equilibrar, concentrar no jogo e tentar esquecer arbitragem para que não possa prejudicar a equipe - disse o jogador.
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Por fim, o Lance! perguntou a André se, assim como torcedores, fez alguma promessa para caso o Fluminense conquiste a Libertadores. O camisa 7 brincou, falando que, não fez promessa e que não irá tatuar o companheiro Germán Cano, como alguns tricolores prometeram.
- Não vou tatuar o Germán Cano não (risos). Não, não, não, mano, não tem nenhuma promessa. Só tenho um amigo que falou que a gente for campeão ele vai ele vai desenhar no meu autógrafo nele - afirmou André, em tom descontraído.