A goleada do Fluminense por 5 a 1 sobre o Madureira foi um tanto exagerada se considerarmos a atuação do primeiro tempo. É claro que o placar elástico teve méritos do Tricolor, porém dois gols podem ser colocados na conta de terceiros.
Devido ao compromisso válido pela Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, diante do Botafogo-PB, no Maracanã, Odair Hellmann decidiu poupar alguns jogadores e por isso, Nenê, Henrique e Gilberto não foram relacionados. A outra mudança foi a barração de Fernando Pacheco, que perdeu a condição de titular.
Com isso, Marcos Paulo foi escalado para fazer a função do meia, Hudson formou dupla de volante com Yuri, Igor Julião ocupou a lateral e Yago jogou aberto pela direita, com Wellington Silva deslocado pela esquerda.
As mudanças fizeram o Fluminense demorar a entrar no jogo. Além disso, o time levou gol antes dos 10 minutos, novamente em bola parada, o que virou rotina, já que aconteceu diante do Flamengo, Moto Club-MA e agora o Madureira.
O gol sofrido deixou a equipe ainda mais desorganizada. Marcos Paulo, que tinha a função de flutuar pelo meio-campo, jogava constantemente pelo lado esquerdo, colado em Wellingon Silva, fazendo o Fluminense jogar "torto", já que Yago não oferecia amplitude pela direita.
TABELA
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Mesmo assim o Fluminense conseguiu empatar, não por conta do aspecto coletivo, mas sim no individual. Wellington Silva, o que mais dava trabalho ao Madureira, sofreu pênalti, convertido por Evanilson. A virada foi um verdadeiro presente do goleiro Douglas, que errou um passe na entrada da área, no qual Marcos Paulo aproveitou.
O terceiro, aí sim, uma jogada trabalhada, tendo a participação de Wellington Silva, Marcos Paulo e a finalização de Evanilson, garantindo a vitória tricolor, ainda no primeiro tempo, mesmo não tendo uma atuação convincente.
Na segunda etapa, com a vantagem de dois gols no placar, o Fluminense jogou de forma leve, dominando completamente as ações, administrando o placar. No aspecto tático, o time também melhorou após a entrada de Miguel no lugar de Yuri. Com isso, Yago foi deslocado para a faixa central do meio-campo, melhorando a saída de bola e dando dinâmica para a equipe.
O Fluminense ainda marcou mais dois gols no segundo tempo. Um tendo a ajuda da arbitragem, já que Marcos Paulo fez falta ao roubar a bola de Marlon. O outro, com a assinatura de Miguel, dando linda assistência para Hudson fechar o placar.
Odair Hellmann pode tirar importantes lições da vitória. A primeira é se convencer de que Yago não pode jogar aberto pela direita. O meia, que também atua como volante, se mostrou bastante útil na criação das jogadas. A segunda é de que Wellington Silva rendeu melhor pelo lado esquerdo e deve ser mantido. A terceira, Miguel precisa ser sempre utilizado nas partidas.