O atacante Luciano vive um momento muito conturbado dentro do Fluminense. Após alegar propostas para não jogar contra a Chapecoense, evitando assim o sétimo jogo pelo Campeonato Brasileiro, o jogador caiu em desgraça com os torcedores, já que nada oficial chegou para o clube. Entretanto, a relação já não era das melhores antes mesmo deste episódio.
A situação começou a ficar estremecida quando a bola parou de entrar com a mesma frequência do início do ano, culminando com o início do Campeonato Brasileiro. Nas derrotas para Goiás, Santos e Botafogo, Luciano foi responsabilizado pelos resultados, principalmente por perder gols que mudariam a história da partida.
Contra o Goiás perdeu um pênalti. Diante do Santos, desperdiçou uma chance clara, sem goleiro, na pequena área. Já no clássico com o Botafogo, preferiu o chute, do que servir Pedro que só teria o trabalho de escorar para o gol vazio. As falhas aconteceram quando o jogo estava empatado em 0 a 0 e são taxadas pelos tricolores como ato de displicência do jogador.
O ápice da perda do prestígio com a torcida acontece justamente quando Luciano vive, em números, a sua melhor temporada na carreira. Em 31 jogos disputados, o atacante marcou 15 gols, superando o desempenho de 2014, quando defendeu o Corinthians. Na ocasião, balançou as redes 13 vezes, em 47 partidas.
Além da questão técnica, Luciano também se consolidou como um dos líderes do elenco. Tanto que com a contusão do zagueiro Digão, o atacante herdou a braçadeira de capitão. A liderança não se restringe apenas dentro das quatro linhas, já que o jogador é uma das vozes mais ativas junto à diretoria, principalmente quando o assunto são os salários atrasados.
A permanência de Luciano no Fluminense ainda é incerta, principalmente após o atacante não ter se reapresentado na segunda-feira. No entanto, a diretoria enxerga com otimismo a continuidade do jogador no clube. Emprestado pelo Leganés (ESP), Luciano tem contrato com o Tricolor até 30 de junho de 2021.