Em toda entrevista que concede, o meia Nenê reafirma que sua função não é fazer gols, mas sim dar assistências e ajudar os companheiros. Fato é que o jogador é o artilheiro isolado do Fluminense atualmente, com 17 gols marcados e aumentou a conta garantindo a vitória por 2 a 1 contra o Corinthians, neste domingo, no Maracanã. Mesmo que ainda não tenha a confiança total da torcida, o camisa 77 é o jogador mais importante do time de Odair Hellmann, que o transformou em praticamente intocável.
Dos 28 jogos que fez neste ano, o atleta de 39 anos foi reserva apenas uma vez. Além disso, acabou substituído em 13 oportunidades, mas nunca antes dos 20 minutos do segundo tempo. Aliás, se pegarmos a média, quando sai, o meia deixa o campo apenas aos 30 da etapa final. A insistência é justificada. Nenê é responsável por 35% dos 49 gols do Fluminense na temporada, já que somam-se também as três assistências que deu.
De acordo com o site “SofaScore”, em competições nacionais em 2020, ou seja, 13 jogos, Nenê precisa de 80 minutos para participar de um gol. São 23 passes decisivos, quatro grandes chances criadas, 27 chutes, sendo 18 no gol, 67% de pontaria e uma necessidade de 2.5 chutes para marcar. Neste caso, são 11 gols e duas assistências.
Em termos de comparação, o artilheiro do Flu em 2019 foi Yony González, que precisou de 62 jogos para marcar os mesmos 17 gols que o meia fez em 28 partidas. Esta já é a terceira temporada mais goleadora de Nenê, atrás de 2011/12 no PSG (27) e 2016 no Vasco (21). Foi a quinta vez que ele marcou mais de um gol em uma partida em 2020.
O aproveitamento de Nenê em partidas no Maracanã é ainda melhor. Dentre todos os gols marcados, 13 deles foram na casa do Fluminense. Foram três em cima do Figueirense, dois contra Botafogo, Internacional e Corinthians e um com Portuguesa, Flamengo, Botafogo-PB e Resende. Ele é o artilheiro isolado do Flu, com Evanilson, vendido ao Porto (POR), com nove, e Marcos Paulo, com cinco, vindo em seguida. Além de ser o maior goleador do Brasil, à frente de Gabriel Barbosa e Léo Gamalho, com 16 gols cada.
- É a nossa casa. Poder acostumar a ajudar o time nesse quesito é uma alegria grande, mas o mais importante e minha felicidade maior é pelos três pontos e a vitória - disse o jogador após a partida.
E esse número pode melhorar, tanto em partidas em casa quanto na temporada como um todo. Na quarta-feira, o Fluminense volta a entrar em campo, desta vez pela Copa do Brasil. O adversário será o Atlético-GO, pedra no sapato há duas semanas, no Maracanã.