Sócios do Flu votam antecipação de eleição; veja tudo sobre a Assembleia

Assembleia para antecipação das eleições presidenciais será votada neste sábado, e sócios decidirão o futuro do clube. Caso 'sim' vença, novo pleito. Caso 'não' vença, estatuto segue 

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O Fluminense vive o seu dia político mais decisivo de 2019 - ou até mesmo de 2018. Neste sábado, os sócios votarão para a antecipação, ou não, das eleições presidenciais do clube. Com isso, caso o 'sim' vença, um novo pleito será convocado para decidir o mandatário de 2019 a 2022. Caso o 'não' vença, o estatuo segue inalterado e Pedro Abad seguirá no comando até dezembro deste ano. A Assembleia acontece das 9h até 18h (de Brasília), nas Laranjeiras. 

A Assembleia Geral do Fluminense tem como objetivo uma reforma estatutária para adiantar as eleições presidenciais do clube. O pleito seria realizado apenas em novembro de 2019, porém, o presidente Pedro Abad disse entender que o Flu precisa de uma mudança no comando para ter dias de paz e dar fim à instabilidade que cerca a equipe. Ele ainda deixou claro que não quer renunciar e, por isso, antecipar as eleições seria a melhor saída.

- Quero devolver o poder de decidir quem vai ocupar essa cadeira (de presidente) a quem efetivamente detém a chance de escolher, que é a Assembleia Geral e os sócios. Vou formatar a possibilidade de novas eleições no menor prazo possível. Quero uma forma segura e de consenso para que possamos organizar novas eleições no início de 2019, o mais rápido possível. O Fluminense precisa de paz. Eu não tenho apego ao cargo. Mais importante do que eu é a paz na instituição, a calma - afirmou Abad.

Com isso, o LANCE! monta uma série de perguntas e respostas para facilitar o entendimento do torcedor sobre o tema. O que acontece se o 'sim' ganhar? E se eo 'não' for a maioria? O que dizem as chapas de situação e oposição? Confira todos os detalhes da Assembleia que irá modificar todo o cenário politico atual vivido pelo Fluminense. 

O que a situação diz?
Membros que defendem a realização da Assembleia Geral afirmam que esse caminho é o mais responsável a ser tomado para o clube ao evitar duas eleições no mesmo ano. Além disso, alguns conselheiros não veem com bons olhos se o presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Leite, assumir o comando do Fluminense.

O que a oposição diz?
Alguns conselheiros afirmam que a medida de Abad fere o estatuto do clube. Isso porque o artigo 150 diz que mudanças eleitorais só podem valer para o mandato seguinte. Além disso, alegam que há problemas na convocação da Assembleia pois sócios sem o tempo mínimo de direito a voto foram convocados.

O que precisa para votar? 
Além da carteira de identificação social (carteirinha de sócio), será solicitada, no momento da votação, a apresentação de documento oficial de identidade, com foto, expedido por órgão público competente.

Quem pode votar?
Têm direito a voto os sócios do Clube maiores de 16 anos, pertencentes ao Quadro Social há mais de um ano e, para a categoria de Sócio Futebol, há mais de dois anos ininterruptos, completos até o dia da Assembleia Geral, e em situação regular com o clube. Os Sócios do Clube que não estejam regulares com sua situação financeira, além dos Sócios-Futebol com menos de 3 (três) mensalidades em aberto, poderão regularizar sua situação junto ao Fluminense no dia da Assembleia Geral mediante pagamento dos valores apenas em dinheiro ou cartão de débito.

Quais associados não podem votar?
Não poderão integrar a Assembleia Geral os Sócios-Honorários, Temporários, Correspondentes, Especiais, Atletas-Adjuntos, assim como os Familiares Inscritos dos Sócios.

Qual foi o passo a passo até a votação? 
A instabilidade política do Fluminense começou a ficar mais presente em julho de 2018. Em reunião do Conselho Deliberativo, a oposição tentou protocolar pela primeira vez o pedido de impeachment. Enquanto isso, torcedores fizeram um protesto com arremessos de explosivos, pedras e até cavalete de metal, e tentaram invadir a sede. No fim, o grupo Unido e Forte segurou a lista para tentar conseguir mais assinaturas.

Depois de acusações, quebras de alianças e polêmicas, o Unido e Forte, antes parte do grupo de apoio, protocolou o pedido de impedimento em 17 de agosto. Naquela ocasião, 77 pessoas assinaram a peça. Os grupos 'Pró Flu', 'Flu +' e 'Tricolor de Coração' também apoiaram a solicitação de afastamento do mandatário.

A Comissão para Assuntos Disciplinares do Conselho Deliberativo do Fluminense julgou procedente o pedido, dizendo que oito dos 10 itens elencados no documentos foram aceitos. No dia 20 de dezembro, o quórum mínimo para a votação do impeachment não foi atingido pelo Conselho e o processo foi arquivado. Abad, no entanto, declarou que queria promover uma Assembleia Geral para mudar o Estatuto do Tricolor e antecipar as eleições.

Caso 'sim' vença, o que deve acontecer?
A tendência é que as novas eleições girem em torno de duas chapas. Mário Bittencourt carrega o status de "real opositor" desde o início da campanha e conta com apoio massivo nas redes sociais. É visto como o "original" e divide o trio com Ricardo Tenório - que também é cotado para ser cabeça de chapa - e Celso Barros, visto como peça importante para composição da mesma. O nome escolhido ainda não está definido e só deve ser revelado após a Assembléia.

Do outro lado, Pedro Antônio carrega a sua alta popularidade entre os torcedores e a sua baixa rejeição apesar da ligação política recente. Não à toa, é rotineiramente caçado por torcedores para tirar fotos em jogos no Maracanã. É visto como nome ideal para concorrer contra Mário Bittencourt ou Ricardo Tenório. O status de "mecenas" em plena crise financeira do clube também o favorece.

Caso 'não' vença, o que acontece?
Pedro Abad seguirá como presidente até o final do seu mandato. 

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