Em mais uma competição eliminatória, o Fluminense não conseguiu abrir a vantagem em casa. No Estádio Nilton Santos, o técnico Marcão repetiu o mesmo esquema tático do empate com o Atlético-MG, na última rodada do Brasileirão, mas desta vez teve uma derrota por 2 a 1 para a equipe mineira. Mesmo com as mesmas peças, o desempenho não foi o mesmo e o time foi prejudicado por falhas individuais e coletivas.
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De todos os setores, o meio-campo foi o que mais rendeu na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil. Yago Felipe foi presente como de costume e Martinelli deu sinais de recuperar o rendimento. A dupla conseguiu fazer boa movimentação e controlou a linha de passes no primeiro tempo. O volante André, que vem se consolidando, apresentou mais um jogo seguro e dificultou ao Galo avançar no corredor central. Ao entrar no segundo tempo, Nonato também foi decisivo para melhorar a transição ofensiva do grupo.
No entanto, não foi o caso do resto da equipe. Corrigindo os erros do primeiro confronto, o Atlético-MG identificou as deficiências nas laterais e soube explorar pelos lados. Apesar dos pedidos do técnico, Egídio não avançou para o setor ofensivo e falhou defensivamente, inclusive no lance que originou o primeiro gol adversário. O lateral não acertou praticamente nada e fez jogo para esquecer. Simultaneamente, Samuel Xavier foi desarmado diversas vezes e não conseguiu acertar nas reposições.
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Se a progressão do adversário no campo tricolor foi muito em função das laterais, os gols do Galo resultaram de falhas da dupla de zaga e se aproveitando justamente de uma de suas maiores qualidades: a transição rápida. Nino permitiu o espaço para o gol de Nacho, e Luccas Claro fez partida abaixo da média. Com erros de posicionamento, o zagueiro também não fez boa marcação e falhou no gol de Hulk.
Já no setor ofensivo, os mesmos problemas que perduram há tempos seguiram acontecendo. De certa forma, a entrada de Lucca ainda não surtiu o efeito esperado por Marcão e agravou a falta de produtividade do ataque. O jogador errou a maior parte dos lances que tentou e não conseguiu criar. Isolado, Fred teve que se movimentar além de sua capacidade para dar ofensividade.
Luiz Henrique, mesmo conseguindo arrancar alguns dribles, não mostrou uma boa visão de jogo, além de errar passes para finalização. Foi tentando passar por um adversário, inclusive, que ele perdeu uma bola dominada que resultou no gold e Hulk. Quando entrou, Gabriel Teixeira não se entrosou e também não rendeu. O único gol tricolor veio dos pés do camisa nove, de pênalti.
Mesmo com melhorias nas atuações, o Fluminense segue sem vencer. Até agora, são seis jogos de jejum. Se por um lado, a tática apresenta potencial de ser refinada, as limitações apresentadas mostram que o caminho para embalar novamente pode ser mais longo que o esperado.
Na próxima segunda-feira, o Fluminense enfrenta o Bahia, às 19h, no Maracanã, em jogo válido pela 18ª rodada do Brasileirão. A partida será transmitida pelo Premiere e Tempo Real do LANCE!
*Estagiária sob supervisão de Luiza Sá