Celso Barros, sobre temporada do Flu: ‘O grande culpado é o Mário’

Em entrevista divulgada neste sábado pelo 'Globo Esporte.com', vice geral diz que mandatário montou atual equipe e Odair 'é produto do elenco que entregaram a ele' 

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O vice geral do Fluminense, Celso Barros, soltou o verbo após a eliminação do Fluminense na Copa do Brasil. Em entrevista ao "Globo Esporte.com" divulgada neste sábado, o dirigente atribuiu o fim de linha, com a derrota por 3 a 1 para o Atlético-GO em Goiânia, ao mandatário Mário Bittencourt e evitou fazer críticas mais incisivas ao treinador Odair Hellmann.

- O culpado maior não é o Odair, o grande culpado é o Mário. Odair hoje no Brasileiro está em 10º, um aproveitamento muito melhor que o Diniz na época. Pode ser até que para frente piore, mas o Odair é produto do elenco que entregaram a ele - e, em seguida, emendou:

- Se quiser discutir técnico, contratação de A ou B, vide os atletas do Cruzeiro rebaixado que vieram, que se discuta. Mas o Mário foi o grande responsável pelo elenco, assumiu o futebol sozinho, descartou um acordo politico que existia entre mim, ele e o grupo dele. E infelizmente o resultado está sendo bem ruim - completou.

Fora do comando de futebol do Tricolor das Laranjeiras desde novembro do ano passado, quando foi afastado sob alegação de que desestabilizou o ambiente ao pedir a demissão do então técnico Marcão e criou uma crise política enquanto a equipe lutava contra o descenso no Brasileiro, Celso afirmou que as brigas internas afetam a adesão dos sócios.

-- Não adianta acreditar que o patrocínio virá de um atleta só, que por uma série de situações ainda não jogou. Acho que o erro é esse. Não tentar mostrar ao torcedor que essa contribuição ajuda o time. Claro, tem que ter um bônus, ganhar camisa... Mas o que tem que ser vendida é a paixão pelo clube, esse recurso ajudará a ter equipes fortes - disse.

O vice geral do Fluminense também crê que a marca do clube se desvalorizou.

- Não adianta achar que minha casa pode valer R$ 2 milhões se não tem ninguém que compre. Tem que tentar alguns ajustes. A marca do Fluminense hoje está desvalorizada. Não para o Celso, para os torcedores, mas no mercado está desvalorizada pelos resultados. Hoje quais são os valores que o clube recebe pelas marcas no uniforme? A maioria é de parcerias. Eu fazia muita questão de não permitir nenhum penduricalho na marca do Fluminense na era Unimed. Hoje isso é muito difícil, não sou desses de não entender isso - afirmou.


O dirigente também disparou que há "feudos" no Tricolor.

- Comentei com o Mário lá atrás que existiam alguns feudos no futebol do Fluminense. Ele respondeu que feudo existe em qualquer lugar. Eu não concordo com essa ideia. Se existem grupos para serem mantidos a qualquer preço, cabe ao gestor de futebol e ao presidente dizer que isso não existe - declarou Celso Barros, que disparou que o mandatário Mário Bittencourt "foge" de um encontro com ele:

- Já tentei umas quatro, cinco vezes. Ano passado, esse ano... Eu liguei na Taça Rio, o cumprimentei, ele mandou mensagem que era a vitória do amor, da dedicação. Mas ele sistematicamente foge de um encontro comigo. As pessoas pedem como se eu tivesse poder de chutar a porta, não faz meu perfil isso - finalizou.

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