O Fluminense perdeu Scarpa, líder em assistência. Se despediu de Henrique Dourado, artilheiro do Brasileiro do ano passado. No entanto, parece ter superado tais despedidas e fez 14 gols nos quatro jogos que teve em fevereiro, tendo conquistado três goleadas consecutivas - uma delas em clássico -, e sem ter levado nem um gol sequer. É neste embalo que a equipe tricolor enfrenta, nesta quinta-feira, o Avaí, pela terceira fase da Copa do Brasil, às 19h15, no Estádio Nilton Santos, buscando dar um primeiro passo para chegar à próxima fase da competição.
O técnico Abel Braga, que adotou o esquema 3-5-2 nesta temporada, admite que a ideia inicial não era que o Fluminense fosse um time que fizesse muitos gols, mas celebra a fase pela qual passa o ataque.
- É um engano esse negócio de três zagueiros. Se eu jogo com três atrás, não com uma linha de quatro, obviamente que estou mais ofensivo. Agora, o objetivo não era esse, de estar fazendo esses gols todos. Era não sofrer, mas, por acaso, está ofensivo e não está sofrendo. Que continue assim! - disse.
Comandante tricolor apontou que, quando teve a ideia de usar tal esquema, no fim do ano passado, sabia que perderia peças importantes do elenco, principalmente Scarpa e Dourado, destaques na última temporada.
- Precisava fazer uma coisa diferente dentro do que a minha equipe tinha. Sabia que havia a chance de saírem mais jogadores. Dourado e Scarpa tinha certeza. Pelos gols marcados, que eram muitos, mas a gente sofria demais. O esquema engana, exige muitas variáveis. Tem de ter jogadores com característica e com inteligência tática. O Fluminense hoje tem uma forma de jogar, sofre pouco com a bola em direção ao nosso gol - ressaltou.
A torcida costuma cantar sobre o "show tricolor" e, ao menos, nas últimas partidas, isso tem sido visto em campo. Caso isso seja mantido nesta noite, a classificação é uma questão de tempo. Resta saber se o poder ofensivo da equipe de Abel vai cortar a onda do Avaí.