Apesar do curto tempo, apenas três semanas a frente do Fluminense, Oswaldo de Oliveira já começou a implementar a sua filosofia, porém não conseguiu melhorar o rendimento da equipe. A derrota para o Palmeiras, evidenciou que o treinador está longe de resolver o principal problema do Tricolor, que é a defesa.
Contratado para substituir Fernando Diniz, Oswaldo de Oliveira chegou com a missão de dar resultados. O diagnóstico era de que o antecessor montou um time muito ofensivo, mas que não se preocupava com a retaguarda. A premissa então era dar atenção ao sistema defensivo, que automaticamente, as vitórias iriam surgir naturalmente. No entanto, isso não se viu até o momento.
A escalação de Oswaldo de Oliveira é tão ofensiva quanto era a de Diniz, se não for até mais, tendo em vista que Nenê e Ganso, jamais iniciaram uma partida sob o comando do antigo comandante. A exposição do time, ainda mais contra um adversário de qualidade, como é o Palmeiras, custou caro, uma derrota por 3 a 0.
- Eventualmente hoje ficou mais exposto, até por ação do adversário. Nós temos de escalar o que nós temos de melhor. No jogo passado, contra o Fortaleza, funcionou muito bem. Criamos as melhores chances e vencemos. Hoje criamos e não fomos efetivos para marcar o gol. Quero usar sempre quem estiver em melhores condições e produzir mais para a equipe - se defendeu Oswaldo de Oliveira.
Além de não resolver os problemas defensivos, Oswaldo também não conseguiu dar agressividade e contundência na frente, mesmo com jogadores ofensivos. Tirando a derrota para o Avaí, o Fluminense sempre finalizou menos que o adversário. Somando chutes para fora e no gol, o Palmeiras somou 15 finalizações, contra 12 do Tricolor. O Fortaleza finalizou 19 vezes, enquanto o Flu chutou sete. Já o Corinthians, em pleno Maracanã, teve 16 arremates, diante de 10 chutes dos cariocas. Ao todo, duas derrotas, um empate e uma vitória, com dois gols marcados e cinco sofridos.
TABELA
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
Ao compararmos com os últimos quatro jogos da equipe sob o comando de Diniz, o Fluminense criava mais chances. Contra o Peñarol, no Rio, 11 finalizações para cada lado. Diante do Internacional, 20 chutes, contra 14 do Colorado. Na derrota para o Atlético-MG, nova igualdade, com 18 chutes para cada time. Já no jogo que culminou com a demissão, incríveis 32 arremates contra apenas cinco do CSA. Nesses jogos, o Tricolor ganhou e perdeu duas partidas, marcando seis gols e sofrendo cinco.