Com o pedido de demissão do técnico Abel Braga, o presidente Pedro Abad e o vice-presidente de futebol Fabiano Camargo têm, agora, o desafio de reconstruir o departamento de futebol do Fluminense, que em pouco mais de um mês, perdeu peças importantes no que diz respeito ao planejamento do elenco profissional.
A cúpula tricolor, então, corre contra o tempo para que consiga anunciar um diretor de futebol (Paulo Autuori deixou o cargo no fim de maio) e um novo técnico antes do grupo voltar aos treinos. Os jogadores do Fluminense estão de folga até o próximo dia 26 e o primeiro desafio do time no retorno do Campeonato Brasileiro, que está paralisado por conta da Copa do Mundo, é o clássico com o Vasco, no dia 18 de julho.
Vale lembrar que a função que era do então CEO Marcus Vinicius, que deixou o Tricolor em meados de maio, foi dividida em outras pastas próximas ao presidente Pedro Abad.
Nesta terceira passagem pelo clube, Abel estava à frente do time desde dezembro de 2016, sendo um dos treinadores com maior tempo de casa nesta Série A do Campeonato Brasileiro.
Assim, o futebol, que até então era um dos pontos “preservados” de um conturbado Fluminense, se torna mais uma barreira para Abad, que já vive momentos complicados à frente do clube.
O desmanche
Saída de Marcus Vinicius
O CEO Marcus Vinicius, que tinha papel no planejamento do futebol profissional e encabeçava, por exemplo, a negociação com o Maracanã, deixou o clube no dia 11 de maio, diante da crise política que a diretoria atravessava.
Saída de Paulo Autuori
O adeus de Marcus Vinicius foi um dos pontos que desagradou o, à época, diretor de futebol. Marcus tinha a confiança de Autuori e vice-versa. Além disso, o fato de os compromissos financeiros com o elenco não estarem sendo cumpridos em dia e o vazamento do resultado do exame do atacante Kleber Gladiador – que negociava com o Tricolor – desagradaram o dirigente, que pediu para sair no dia 28 de maio.
Saída de Abel Braga
Neste sábado, Abel Braga deixou o cargo de treinador do Fluminense. Apesar de defender o presidente Pedro Abad e dizer que a relação com a diretoria era boa, Abel estava insatisfeito com os atrasos de salários e se viu só após as saídas de Marcus Vinicius e Paulo Autuori. A falta de reforços também era algo que ele citava constantemente.