Aos 65 anos, Abel Braga admite que ter medo de fantasma. Depois do trabalho feito neste começo de temporada para dar uma cara ao time com os jogadores que tem à disposição, o treinador do Fluminense revela que vê a fórmula que vem dando certo em xeque devido à limitação do elenco, lembrando o que aconteceu no ano passado.
Atuando no 3-5-2, Abel deu uma nova roupagem ao Fluminense em um ano que começou de maneira conturbada, com a perda de jogadores importantes e chegada de poucos reforços. Até o momento, foram apenas duas derrotas, em 14 partidas, entre amistosos e jogos oficiais - para o Boavista, na estreia no Estadual, e para o Avaí, na terceira fase da Copa do Brasil. Porém, o técnico demonstra preocupação quanto à continuidade de 2018
- Maior dificuldade é eu ter de ficar repetindo time. Ninguém aguenta! Vai oscilar, principalmente, porque não está dando para mudar. Esse é meu medo, porque não vamos mudar a maneira de jogar. Vamos, inclusive, evoluir, mas até quando? De repente, pode acontecer como no ano passado. Foi (a lesão) do Scarpa, depois Douglas, depois Sonorza, depois Wellington Silva... Daqui a pouco eu estava no terceiro time do ano - disse o comandante, que lembrou o calendário apertado:
- Esse time está jogando o mesmo desde a Florida Cup. Eles vão aguentar até quando isso aí? Até abril serão 10 jogos. É difícil manter o ritmo, o padrão.
Atualmente, o elenco do Fluminense conta com 29 jogadores, sendo que, destes, 25 que atuam na linha. Recentemente, Abel Braga apontou que o grupo tem carências e garantiu que reforços vão chegar às Laranjeiras, mas não esconde o receio.