O Fluminense acertou a chegada do primeiro reforço deste segundo semestre. Trata-se do meio-campista Gustavo Nontato, que pertence ao Internacional e assina por empréstimo até o fim de 2022. Profissionalizado pelo São Caetano, ele chegou ao Colorado em 2018 para jogar na equipe de Aspirantes. Desde então, fez o melhor ano em 2019, mas teve queda. Como o jogador chega às Laranjeiras? O LANCE! te mostra.
+ Fluminense chegou até as quartas da Copa do Brasil três vezes após título; relembre as campanhas
Nascido em 3 de março de 1998, em São Paulo, Nonato é destro e foi comprado em definitivo pelo Inter em setembro de 2019, assinando até o fim de 2023. Neste mesmo ano, ele foi promovido ao profissional por uma cara conhecida do Fluminense: o técnico Odair Hellmann, que esteve no clube até o ano passado.
Em 2021, Nonato viveu uma temporada complicada. São 19 jogos e um gol marcado, sendo 727 minutos jogados no total, somando nove vitórias, quatro empates e seis derrotas. A última partida foi na 5ª rodada do Campeonato Brasileiro, em 20 de junho, quando entrou já no final no empate por 1 a 1 com o Ceará. Depois de ser muito utilizado no Gaúcho, o volante perdeu espaço após a saída de Miguel Ángel Ramírez e chegada de Diego Aguirre.
Veja os confrontos da Copa do Brasil
Se nos últimos meses Nonato foi até especulado como moeda de troca do Internacional com o Corinthians, em março a situação era bem diferente. Ainda no início de seu trabalho, Miguel Ángel Ramírez chamou o jogador para conversar e expressou confiança no trabalho, inclusive vetando qualquer possibilidade de saída. No entanto, o trabalho do antigo treinador afundou e o jogador não conseguiu se firmar.
Um dos problemas de Nonato no Inter foram as lesões. Em 2019, quando fez 46 jogos e três gols, ele conviveu por meses com dores no púbis e, por isso, teve limitações no treino e dificuldades de permanecer até o fim das partidas. Isso, somado à concorrência dentro do elenco, fizeram com que seu 2020 fosse de apenas 26 partidas e três gols.
CONCORRÊNCIA E COMO JOGA
Quando chegou ao Internacional, Nonato era tido como um meia de armação, camisa 10, e pisava com frequência na área. Além dos três gols, deu uma assistência em 2019. Entretanto, ele passou a jogar mais como volante pelo lado esquerdo. Hoje é Yago Felipe quem faz esse setor. O jovem de 23 anos costuma ajudar na construção da saída de bola e tem boa média de desarmes.
Para falar mais sobre Nonato, o L! buscou Thaigor Janke, setorista do Internacional na Rádio Band Sports do Rio Grande do Sul. Veja a seguir a opinião a respeito do jogador:
- O Nonato teve muitas oportunidades logo no começo, com o Odair. Ele é segundo volante e de preenchimento de meio-campo, é dinâmico, dá passes curtos, se movimenta, ajuda a fazer esse motor do meio andar e roda a bola. Ele não é um cara de bolas longas muito boas, mas o articulador que faz o meio rodar. No fim de 2018 e início de 2019 ele surgiu muito bem. Na época, o Odair utilizava um tripé de volantes, com o Rodrigo Dourado mais atrás, o Edenilson pela direita e o Patrick na esquerda, mas este último se machucou e rendeu pouco. A torcida pedia para o Nonato ser o titular e ele passou a disputar a vaga. Em 2019 ele teve o melhor ano, com certeza - analisou o jornalista.
- Em 2020 chega o Coudet e ele perde espaço. Ele pensava no Nonato como um meia articulador ideal. Jogando com um 4-4-2, o treinador tinha no meio-campo um primeiro volante fixo, o Musto ou Lindoso, pela esquerda o Patrick e pela direita um meia de mais saída, que ele queria que fosse o Edenilson, mas acabou sendo o Marcos Guilherme porque o Edenilson ficou mais centralizado, onde ele via o Nonato, que não rendeu e fez o pior ano dele. Quando vem o Abel, também não dá muita oportunidade. Todos os treinadores que chegam ao Inter dizem "o Nonato vai ser o meu cara, vou fazer jogar", mas começa o trabalho e o jogador não engrena. Soubemos que o Abel disse isso para ele, mas não foi, o Praxedes até ganhou a vaga - afirmou.
- Em 2021 o Miguel Ángel Ramírez disse a mesma coisa, mas o Nonato não rendia. Ele saiu e o Diego Aguirre sequer deu expectativa, tanto que ele nem entrou em campo. Se tem um entendimento aqui que ele precisa rodar para espairecer e quem sabe voltar a render o que fez em 2019. Mas é um cara dinâmico, de preenchimento de meio-campo, que entra bastante na área, é tabelador e tenta finalizar, mas não rendeu o que os treinadores esperavam - finalizou.
Para o setor, o técnico Roger Machado tem Yago Felipe e Martinelli, os titulares, além de Wellington e André. Hudson sofreu uma grave lesão, enquanto Yuri foi emprestado e Metinho liberado antes do previsto. Por isso, a posição era uma das prioridades do Fluminense no mercado.
*Estagiária sob supervisão de Luiza Sá