A atual temporada foi de desafios para todos os clubes. No Fluminense, além de lidar com o orçamento mais curto pela crise financeira, os casos de Covid-19, as saídas de jogadores e outras necessidades acabaram gerando oportunidades a jovens formados nas categorias de base. O lateral-direito Calegari e o atacante Luiz Henrique são dois exemplos dessa integração. Ambos iniciaram 2020 disputando a Copa São Paulo de Futebol Júnior e agora são titulares de uma equipe que luta por vaga na Libertadores.
> Hulk, Rafinha, Dodô… veja quem chegou e quem está no radar dos principais clubes brasileiros
- Foi uma temporada muito diferente das outras. Nós começamos na Copinha, depois integramos o Sub-23... Aí logo na sequência veio a pandemia e toda essa loucura. Fomos pegos de surpresa. Começamos a treinar com o profissional e os mais velhos têm dado muita confiança para evoluirmos. O Odair e agora o Marcão... Foi um ano especial, apesar de toda essa loucura – afirmou Calegari, em entrevista coletiva ao lado do companheiro no CT Carlos Castilho.
- Fico feliz porque aconteceu tudo muito rápido na minha vida. Sempre venho trabalhando firme no dia a dia para dar meu melhor. É continuar trabalhando firme para pegar a Libertadores e continuar atuando bem – completou Luiz Henrique.
VEJA E SIMULE A TABELA DO BRASILEIRÃO
Dependendo apenas dos próprios esforços para voltar à competição depois de oito anos, o Fluminense terá o Atlético-MG pela frente nesta quarta-feira, às 21h30, no Maracanã. O Tricolor é o quinto colocado, com 56 pontos. Calegari acabou conquistando a vaga após a venda de Gilberto ao Benfica (POR), depois de ser reserva de Igor Julião. Ele soma 24 jogos no profissional.
- Graças a Deus e muito trabalho estou conseguindo desenvolver uma ótima parte defensiva, ajudando meus companheiros a não levar gols. Bate ansiedade, é claro, fazer um gol é o maior sentimento que há no futebol. Mas tenho que controlar isso às vezes pode atrapalhar, mas creio que vai sair na hora certa - comentou o lateral, que falou ainda sobre poder atuar como volante.
- Procuro não pensar nisso, na próxima temporada. Estamos pensando a cada jogo, como se fosse uma final, para garantirmos a vaga na Libertadores. Vou deixar para depois, com o próximo treinador, nas mãos dele essa decisão. O objetivo agora é pensar jogo a jogo. Estamos muito focados para o próximo jogo para pontuarmos e continuar em busca do nosso objetivo. Até o Sub-17 eu fui convocado como volante. Minha primeira convocação como lateral foi agora recente no Sub-20. Isso não influencia na minha decisão. Deixo sempre nas mãos do treinador, eles conversam comigo. Eu me sinto confiante tanto na lateral, quanto no meio de campo. Estou a temporada inteira no profissional jogando como lateral, mas não descartei minha posição de origem, volante, onde me sinto muito confortável também - explicou.
No caso de Luiz Henrique, ele chamou a atenção da comissão técnica e foi integrado aos treinos da equipe principal logo depois da volta às atividades com o fim da paralisação. Alternando como titular e reserva, até por conta de convocações à Seleção Brasileira de base, o jovem de 20 anos tem 24 jogos e dois gols marcados.
- Fico feliz de ter uma sequência boa. Estava vindo de uma lesão na posterior direita. Continuo muito focado e trabalhando muito para, se Deus quiser, jogar uma Libertadores, que é o sonho de todos os jogadores - disse.
- Na base eu jogava mais pela ponta-esquerda, me sentia mais confiante por esse lado na base. Mas em qualquer posição que o Marcão me colocar eu vou atuar, vou dar o meu melhor para o Fluminense - finalizou.