O técnico Fernando Diniz analisou o empate do Fluminense com o Flamengo em 0 a 0, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, nesta terça-feira, e aproveitou para criticar a arbitragem do clássico. Após a partida, em entrevista coletiva, o comandante tricolor falou sobre a postura do Flamengo e também se mostrou insatisfeito com a atuação do árbitro Anderson Daronco, principalmente por não ter expulsado Gabigol após pisar em Ganso.
- Acho que não foi surpresa, eles tiveram uma postura agressiva na marcação. O que foi determinante foi a postura mais anímica do Flamengo. Eles tiverem uma intensidade maior que a nossa. No fim do primeiro tempo estava mais equilibrado. O Flamengo fez 22 faltas e a gente cinco. Não tiveram cartão amarelo, a arbitragem foi muito permissiva. Eles tiveram um domínio nos 30 primeiros minutos. No segundo tempo, a gente estava voltando melhor, mas com a expulsão, que não vou entrar no mérito, a situação mudou. A equipe soube se comportar. Eles tiveram uma chance num cabeceio, a gente também teve uma chance. Fizemos o que deu para fazer. Espero que o próximo jogo tenha uma arbitragem imparcial. Não estou discutindo o lance do Felipe Melo. É muito mais fácil o VAR chamar para ver o lance do Gabigol, que deu para ver que foi intencional. O Samuel Xavier, no primeiro jogo da final do Carioca, deu um pisão e foi expulso. O Pedro (Flamengo), na volta, deu um pisão e não foi expulso. Um número excessivo de faltas que não teve cartão - analisou o treinador.
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Sem Alexsander, que tem uma lesão no joelho, Diniz explicou a decisão de entrar com Gabriel Pirani no lugar de John Kennedy. O atacante foi titular no último sábado, mas começou no banco nesta terça-feira.
- Era um jogo tático, tinha uma intenção clara do Flamengo em explorar aquele lado. Não iria colocar o John Kennedy para ficar voltando por ali junto com o Marcelo. Gostei da atuação do Pirani, acho que foi uma decisão acertada - disse.
O treinador do Fluminense comentou a situação de Marcelo, que deixou o campo no primeiro tempo com dores na panturrilha. Segundo Diniz, o camisa 12 não teve uma lesão, mas foi substituído por precaução.
- Foi um movimento parecido com o do The Strongest, teve um enrijecimento da panturrilha. Resolvi tirar por precaução. É uma dor que não é novidade para ele, o departamento médico também conhece, mas acho que é mais uma questão de precaução.
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Postura do Flamengo:
- Não foi só a marcação, o Flamengo entrou numa rotação mais alta que a nossa e isso foi determinante. Hoje nós encontramos dificuldade. O Flamengo levou vantagem nas segundas bolas.
Atuação defensiva:
- Foi positivo, sim. Jogar com um jogador a menos por 45 minutos sem sofrer chances claras de gol é para dar parabéns. Fomos brilhantes defensivamente. O time ficou organizado e nos viramos bem. Fizemos o melhor jogo possível de acordo com as circunstâncias do segundo tempo.
Sequência:
- É bom que aconteçam duelos como esse. O Flamengo teve uma predominância. Para o outro jogo vai ser outra história. Vamos nos preparar e eles também. Temos muito tempo ainda. Vamos pensar no Botafogo agora.
Parte física:
- O futebol não se explica por um fator só. A questão física do Fluminense é espetacular. Não acho que o Fluminense diminuiu. No segundo tempo nós voltamos melhor, o jogo teria outra característica. O time voltou diferente, mas com a expulsão tudo mudou. O Flamengo viveu de chutes de fora da área.
Polêmicas de manipulação de resultados:
- É um assunto que merece o máximo de seriedade. Quem participou merece ser punido no rigor da lei, mas não merece ser execrado. Não se pode determinar o fim da carreira de ninguém, mas tem que servir de exemplo, tem que regulamentar. Isso é uma coisa muito feia para o futebol.