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Dava para segurar? Entenda como o Fluminense liberou Tarciane de graça para o Corinthians

Clube tricolor tem vínculo amador com as atletas do futebol feminino e não pode segurar as jogadoras em caso de pedido por transferência

Tarciane - Feminino do Fluminense
imagem cameraTarciane, zagueira do Fluminense, está indo para o Corinthians (Foto: Mailson Santana / Fluminense FC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/06/2021
14:09
Atualizado em 21/06/2021
18:30

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O Fluminense perdeu uma de suas atletas mais importantes nesta segunda-feira. A zagueira Tarciane acertou a ida para o Corinthians, que disputa a Série A1 do Campeonato Brasileiro. Chamou a atenção da torcida o fato de a jogadora ter sido liberada de graça após solicitar ao clube carioca. Isso se dá porque o Flu ainda tem contratos amadores com as atletas, apesar de estar aumentando o investimento nos últimos anos.

Como não tem vínculo profissional, o Fluminense não pode impedir a saída de uma jogadora. No caso de Tarciane, a ida ao Corinthians será bem vantajosa para a zagueira, já que o clube assina a carteira do elenco desde 2020 e tem uma das melhores estruturas da modalidade no Brasil.

Veja a tabela da Série A1 do Brasileirão

Os contratos não profissionais preveem remuneração salarial e podem ter duração de até três anos, mas não garantem a permanência da atleta por todo o período. O vínculo pode ser desfeito a qualquer momento, seja por iniciativa da jogadora em caso de transferência, como aconteceu com Tarciane, ou por decisão do clube.

No último Brasileirão, a primeira divisão teve um número recorde de equipes profissionais. Dos 16 clubes participantes, dez deles já não eram mais considerados amadores. O primeiro clube a tomar a iniciativa foi o Santos, apenas em 2015, na retomada do projeto com o apoio do então presidente, Modesto Roma.

Não há a obrigatoriedade neste caso. Apenas 10 clubes tem contratos profissionais. O Botafogo fazia com algumas do elenco e aumentou consideravelmente a folha quando foi para a Série A1. Em março de 2021, o Bahia anunciou a profissionalização dos contratos das jogadoras do time principal. A equipe também subiu.

Desde 2019, por exigência da Conmebol, os clubes classificados para a Libertadores masculina só disputam a competição se tiverem um time feminino. A CBF, no mesmo ano, adotou regra semelhante para as equipes da Série A do Brasileirão. Com isso, o Fluminense foi um dos clubes que precisou de adequar e montou o projeto em parceria com o Daminhas da Bola, da técnica Thaissan Passos.

O Tricolor vem aumentando o investimento no time nos últimos dois anos, dando a estrutura de Xerém para os treinamentos e com profissionais mais qualificados na gestão. No entanto, ainda não tem no orçamento a possibilidade de tornar a equipe profissional. De acordo com o balanço financeiro relativo a 2020, o Fluminense gastou R$ 1,9 milhão com a modalidade, custo que aumentou desde 2019 (R$ 1,4 milhão).

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