A vida dos clubes brasileiros depois da parada para a Copa do Mundo é resumida a muitos jogos e poucos dias para trabalhar. Com o Fluminense não é diferente. Anunciado no dia 22 de junho, após a saída de Abel Braga, o técnico Marcelo Oliveira finalmente tem uma semana livre e cheia de trabalho pela frente para balancear o que está dando certo e o que vem dando errado.
Entre os problemas, o principal já reclamado pelo próprio treinador é o desgaste. Mesmo com o mês apenas treinando, o ritmo intenso já pesou para o Flu, resultando inclusive em lesões. A semana sem jogos dará aos atletas a possibilidade de descansar. Além disso, outro destaque negativo está na falta de poder de decisão. Isso ficou evidente contra Ceará, Bahia e Defensor (URU), mesmo com a vitória na Sul-Americana.
Por fim, o sistema defensivo voltou a ser irregular. Se alguns jogos esse setor é o ponto alto do time, em outros, acaba sendo problemática. Dos quatro gols sofridos com Marcelo até o momento, todos contaram com falhas individuais. Seja dos zagueiros ou do goleiro Júlio César.
Entre os pontos positivos, a melhora nas jogadas de bola aérea são importantes. Com Abel, os defensores sofriam muito com esse tipo de jogada. Apesar do time pecar na eficiência, é preciso ressaltar o aumento nas finalizações. Sornoza vem ganhando mais confiança e Pedro continua sendo essencial para os bons resultados do Tricolor. Por fim, Marcelo Oliveira dá ao Fluminense mais possibilidades de esquema tático. Abel tentava de todas as formas manter o 3-5-2 e isso pesou em algumas partidas.
Para a sequência da temporada, o clube das Laranjeiras poderá ganhar algumas ferramentas positivas. Bryan Cabezas deve estrear, Luciano pode entrar na forma física ideal para ajudar a equipe, Daniel Simões começará a ser inserido no elenco e novos reforços ainda podem chegar. Tendo uma semana livre para trabalhar, a expectativa é que o trabalhe engate de vez no Tricolor.