Depois de começar a temporada como titular do Fluminense, o volante Hudson chegou a ficar três partidas sem sequer entrar em campo. Mas, quando voltou se firmar entre os 11 que começam jogando, sendo titular nas últimas cinco partidas do Tricolor, veio a paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus. Agora, o jogador encara outra realidade isolado dentro de casa. E ele falou sobre como tem sido este período:
- Minha rotina tem sido acordar cedo, tomar um bom café da manhã, fazer um treino, almoçar, descansar um pouco. Leio livros, assisto um filme, uma série, passo um tempo com a minha esposa. Estou tendo tempo de voltar a estudar inglês que eu estava precisando. Fora algumas outras coisinhas que a gente vai fazendo. Tem sido uma adaptação, não tem sido fácil, mas a gente sabe que é preciso ficar em casa agora, que esse isolamento é muito importante para todo mundo. É muito sério tudo que está acontecendo, não podemos subestimar as notícias, as ordens do governo e as medidas que estão sendo tomadas. Quanto mais rápido a gente se conscientizar, mais rápido as coisas vão se resolver e voltar ao normal - disse o camisa 25 do Fluminense, antes de completar sobre as dificuldades que este paralisação pode causar:
- Para um jogador ficar em casa, não é o ideal, principalmente porque trabalhamos com o nosso corpo, treinando situações de jogo, para não perder o que ganhamos neste início de temporada. Não tem sido fácil, mas de certa forma estamos procurando manter alguns tipos de treinamento possíveis de fazer dentro de casa. Vamos levando e torcendo para que tudo isso acabe o mais rápido possível.
Ainda que tenha citado problemas que esta pausa pode gerar na parte tática da equipe, os jogadores do Fluminense estão tendo um bom acompanhamento de profissionais de diversos departamento do futebol do clube, que os acompanham diariamente e fizeram um planejamento de atividades para manter os jogadores focados e saudáveis. Para o volante Hudson, esse apoio e acompanhamento é fundamental.
- O Fluminense passou uma cartilha para a gente, não só para a parte física, mas também a parte psicológica, nutricional e fisiológica. Todos esses setores do clube nos orientaram para que a gente siga ativo. A parte física, liderada pelo professor Marquinhos Seixas, passou trabalhos diários, então vamos ter o que fazer todos os dias, na parte funcional e de força, mesmo com algumas adaptações, para que a gente possa deixar nosso corpo o mais ativo possível, e para que a gente não sinta tanto na volta aos treinamentos. É possível que já tenha jogos em cima, então precisamos nos manter ativos neste período que estamos em casa - comentou o atleta.
Sobre a paralisação, Hudson demonstrou esperança em uma melhora em breve. Para o volante, o momento é de conseguir evitar ao máximo atitudes que possam contribuir para a proliferação do vírus.
- Não fico assustado, mas sim preocupado. Percebemos que cada vez mais casos vem aparecendo, algumas pessoas ainda não tiveram consciência do problema que estamos enfrentando. Temos que evitar sair de casa, manter a higiene, evitar aglomerações, cada um ficar na sua residência e esperar isso passar, porque isso vai passar. Se a gente cumprir tudo que está sendo determinado, isso não vai demorar a passar. Mas para isso temos que nos precaver, abrir mão de muitas coisas, para que isso tudo passe rápido. Daqui a pouco tudo vai voltar ao normal, não só o futebol, mas a vida de todo mundo, que é o que todo mundo mais quer nesse momento.