Evanílson projeta ano vitorioso no Flu: ‘Quero fazer história com a 9’

Atacante de 20 anos entrou no segundo tempo da estreia do Tricolor na Sul-Americana, abriu o placar e realizou o sonho de ter o nome gritado pelos torcedores no Maracanã

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O nervosismo e a fala sem jeito de Evanílson na hora de encarar os jornalistas na sala de imprensa do Fluminense contrastam com a personalidade destemida dentro de campo. O jovem de 20 anos, que entrou no segundo tempo da estreia do Tricolor na Copa Sul-Americana mostrou estrela e nos primeiros minutos em campo abriu o placar, no Maracanã, na última terça-feira, contra o Unión La Calera (CHL). Feliz com o bom momento, ele garantiu não sentir o peso de vestir a histórica camisa 9 do clube pelo qual foi revelado e prometeu muitos gols em 2020. 

– A responsabilidade é muito grande de usar a camisa 9, vários jogadores usaram e fizeram história. Eu espero contribuir também fazendo a minha história, com gols e resultados positivos. Eu estou me preparando bastante nos treinamentos para aproveitar as oportunidades, fazer bons jogos e ajudar a equipe. Vou tentar manter a meta de fazer mais gols esse ano. 

A partida terminou em 1 a 1. O tropeço diante dos chilenos, no entanto, não atrapalhou a realização de um dos sonhos do artilheiro tricolor do Sub-20 em 2019, de ter o nome gritado pela torcida, no Maracanã. Para ele, o time tem condições de buscar a classificação fora de casa, no jogo de volta, dia 19 de fevereiro.

–  Não foi o resultado que a gente queria, mas podemos buscar a classificação lá. Fico feliz por ter feito gol. Foi uma sensação incrível. Um sonho de criança realizado. A torcida gritando meu nome, no Maracanã e eu com a camisa do Fluminense. Tudo perfeito. Fiquei emocionado e com mais vontade de jogar, ajudar o time e fazer gols – revelou o atacante. 

A assistência para o gol contra o Unión La Calera veio de um velho conhecido dos tempos de base em Xerém: o também atacante Marcos Paulo. Os dois entraram no segundo tempo e transformaram o time, que passou a ter mais volume de ofensivo e a criar chances claras de gols. O entrosamento da dupla pode ser visto também nos bastidores. 

– Temos intimidade dentro e fora de campo. Jogamos juntos no sub-20 e dividimos o alojamento em Xerém. Conversávamos bastante e fizemos muitos treinos juntos na base. Ele me acolheu muito quando subi. Me ajudou, fomos entrosando, e graças a Deus, ele pôde me ajudar bastante, deu aquela assistência. Se Deus quiser, vamos fazer história no profissional – projetou. 

À espera de Fred

As boas atuações já fizeram Evanílson cair no gosto da torcida. Aos poucos, ele também vai ganhando espaço e a confiança do técnico Odair Hellmann. A ascensão pode ser ameaçada por um eventual retorno do veterano Fred. O atacante ídolo no clube negocia a saída do Cruzeiro e está na mira da diretoria tricolor. O jovem, no entanto, vê com bons olhos a chegada de um grande nome do futebol brasileiro.

– Eu queria que o Fred viesse, é um ídolo do clube e do futebol brasileiro. Espero os conselhos dele, se vier. Enquanto isso, eu foco no trabalho. Não vou quebrar esse tabu do camisa 9. E se o Fred voltar, a 9 é dele. Volto para a minha 17 – finalizou.

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