Fluminense promove pesquisa sobre SAF; entenda
Clube tem tratativas para a implementação da SAF e quer ouvir o torcedor

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As sociedades anônimas do futebol (SAF) estão cada vez mais presentes no futebol brasileiro e o debate vem se ampliando conforme essa nova realidade se alastra pelo território nacional. Laranjeiras não é exceção nesse cenário e, com as tratativas para isso em andamento, o Fluminense promoveu uma pesquisa para entender o posicionamento de sua torcida.
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Outros assuntos também são abordados, como uma avaliação da gestão, do desempenho da equipe e sobre os planos de sócio-torcedor. Sobre a SAF, especificamente, há uma pergunta que pode gerar confusão naqueles que não dominam o tema. Por isso, o Lance! conversou com o advogado Guilherme Bernardes, do escritório Chalfin, Goldberg e Vainboim, para esclarecer a questão.
Projeção de investimentos para o futuro
O item 19 da pesquisa trata de "investimentos futuros", pedindo ao torcedor que escolha a opção que considera ideal para o Fluminense: "estrutura de uma sociedade anônima do futebol (SAF)", "alienação de ativos (venda de participação de atletas)", "contração de novas dívidas (empréstimos)" ou "outras". Conforme a explicação de Dr. Bernardes, essas alternativas não são excludentes, mas complementares.
- A SAF, como qualquer sociedade empresária, irá vender ativos e poderá contratar empréstimos para girar seu capital. Afinal, o natural é que a conversão em SAF alivie as contas do clube por conta do aporte inicial de valores, permitindo que as vendas de ativos sejam feitas sem tanta pressa e, por consequência, por valores potencialmente maiores. Não é crível que uma SAF sobreviva sem a alienação de ativos (participação em atletas).

Ainda, é importante ter em mente que a implementação da SAF não é uma decisão simples, exigindo um debate aprofundado sobre o modelo a ser adotado e o perfil de investidor, por exemplo. Diante de tantos elementos que podem influenciar no sucesso do projeto, é preciso cautela. Para ilustrar os caminhos, erros e acertos, pode-se citar os rivais Botafogo e Vasco.
Não há opção certa nesse cenário, mas aquela que melhor se adequa à realidade do clube, uma vez que a SAF não garante uma gestão profissional - da mesma forma como o modelo associativo não presume uma gestão "não-profissional". De toda forma, sua implementação tem gerado controvérsia entre torcedores. Alguns entendem ser urgente para a saúde financeira e competitividade, enquanto outros entendem que o clube não deve ter um dono.
- No Brasil, a SAF é um tipo específico de estrutura jurídica, uma sociedade anônima, pensada com o objetivo de incentivar a transformação de clubes de futebol de associações civis em empresas, permitindo maior profissionalização, transparência e facilitando a captação de investimentos. - explicou.
Entenda qual a situação da SAF do Fluminense
Para captar investidores para a SAF, o Fluminense conta com a assessoria do BTG Pactual. Em fevereiro, inclusive, o presidente Mario Bittencourt teve uma reunião com executivos do banco sobre o tema, que está sendo conduzido pelo vice-presidente Mattheus Montenegro. Embora tenham tido sinais de interesse, ainda não houve uma proposta formal ao clube.
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