Fluminense vê queda no sistema defensivo e setor vira dor de cabeça para Fernando Diniz

Lance! apresenta um raio-x dos gols sofridos pelo Tricolor no Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores

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A fase do Fluminense definitivamente não é boa. Nas últimas oito partidas disputadas, o time sofreu gols em todos os jogos, o que afeta o desempenho da equipe de Fernando Diniz. Nesse período, o Tricolor foi eliminado da Copa do Brasil, perdeu a melhor campanha na Libertadores e caiu para a 6ª colocação no Brasileirão.

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Neste sábado (24), o Flu encara o Bahia pelo Campeonato Brasileiro buscando fazer as pazes com a vitória, uma vez que conquistou apenas um triunfo nos últimos nove jogos disputados. E o time dirigido por Diniz precisa corrigir as falhas defensivas para ficar mais próximo dos três pontos. Com isso, o treinador espera contar com sua defesa completa, inclusiva com as presenças de Felipe Melo e Marcelo, que não participaram do jogo contra o Atlético-MG.

Somando os jogos disputados pelo Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores, o Tricolor das Laranjeiras sofreu 19 gols, sendo 12 nos últimos oito jogos. O Lance! detalhou os gols sofridos pelo Fluminense somando as três principais competições disputadas em 2023, ressaltando que a bola parada vem sendo um tormento no histórico mais recente.

Raio-X dos gols sofridos pelo Fluminense no Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores (Vítor Araújo/ LANCE!)

Em entrevista coletiva realizada após o fim do jogo contra o Atlético-MG, Fernando Diniz buscou defender seu elenco, embora os resultados e desempenho defensivo nas últimas partidas tenha caído.

- Eu acho que a análise da defesa que deve-se fazer é com relação ao número de chances que se oferece para o adversário. Acabou que o gol do Atlético foi um gol contra. Eles tiveram uma ou outra oportunidade, principalmente de fora da área. Então a equipe se comportou bem. Tiveram jogos que não fomoz vazados em que o Fábio fez muitos milagres. Então o futebol não dá para se explicar por essa lógica numérica. Contra o Goiás, cedemos mais espaço no segundo tempo e sofremos um gol de bola parada, que vinha sendo um ponto forte até o jogo contra o Botafogo, que foi quando começamos uma sequência um pouco mais negativa. A gente ficou 27 jogos sem tomar gol de bola parada. Então a gente continua treinando, corrigindo e acredito que em breve iremos vencer sem sofrer gols.

Nos 11 primeiros jogos dessa amostra (do Sporting Cristal, pela Libertadores, ao Cuiabá, pelo Brasileirão), o Fluminense sofreu 130 finalizações, sendo 48 na direção do gol defendido por Fábio. Nesse período, a equipe de Fernando Diniz levou sete gols e viveu seu melhor momento na temporada.

O número das finalizações em direção a meta defendida pelo goleiro Tricolor é inflado por conta dos jogos contra o Fortaleza, que chutou 17 vezes no gol de Fábio e estufou as redes quatro vezes, mas também contra o Cruzeiro, que chutou oito vezes no gol, mas camisa um defendeu e interviu em todas as tentativas para não ser vazado.

Já nas últimas nove partidas, o Tricolor das Laranjeiras sofreu 166 finalizações dos adversários, sendo 65 na direção de sua meta. Se compararmos os 10 primeiros jogos dessa sequência com os últimos 10 duelos realizados, os adversários aumentaram 48,7% seus chutes contra o gol do Fluminense.

A queda no desempenho pode ser explicada por conta de algumas lesões, principalmente pela longe ausência de Marcelo, que fez seu último jogo no dia 16 de maio. Nesse período, Felipe Melo já desfalcou a equipe por lesão, assim como Alexsander, que desfalcará sua equipe por pouco menos de três meses.

No Campeonato Brasileiro, o Bahia marcou 12 gols e vem encontrando muitas dificuldades em balançar as redes em finalizações da entrada da área, um dos pontos mais fortes do adversário. No entanto, o Fluminense precisa ficar atento com relação as jogadas de bolas paradas (tanto a partir de faltas, como de escanteios), mas também com as infiltrações na área.

Nas estatísticas, o Fluminense possui uma larga vantagem e um certo favoritismo sobre o Bahia, uma vez que possui a 7ª melhor defesa e enfrentará o 12º melhor ataque do Brasileirão. Mas como disse Fernando Diniz, as partidas não se explicam apenas com os numerários e o Tricolor das Laranjeiras precisa dar uma resposta ao torcedor com um desempenho melhor e um resultado positivo.

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