Fred admite aposentadoria em 2022 e pede: ‘Quero vários John Kennedy, Samuel, porque vou parar logo ali’

Ídolo do Fluminense já começa a fazer planos para quando pendurar as chuteiras e tem desejo de permanecer à serviço do clube

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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 24/02/2021
15:29
Atualizado em 24/02/2021
15:39
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O torcedor do Fluminense ficou feliz quando Fred voltou ao clube para sua segunda passagem. No entanto, o tempo de assistir o ídolo jogar está chegando ao fim. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o centroavante já começou a falar sobre os planos para o futuro e reconheceu as dúvidas colocadas sobre ele. Aos 37 anos, o camisa 9 teve um início complicado no Flu nesta temporada, com problemas físicos, mas se recuperou e vem sendo importante na reta final do Brasileirão.

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- Acho que o brasileiro entende muito de futebol. Ele olhar que o Fred já está com 37 anos, eles têm que analisar assim mesmo, com dúvida. Mas até nisso eu notei carinho. Eu também, de fora, sem conhecer o Nenê, cara que a gente não cansa de exaltar pela temporada e postura. Eu nunca tinha trabalhado com ele, a gente tem o hábito de desconfiar. O bacana dessa situação é que não temos a mesma potência de anos atrás, mas temos a vontade de vencer maior, a gente vai se cuidando para manter o nível e ajudar. Pelo carinho, respeito e amor que tenho pela camisa do Fluminense, quero que nasçam rápido um monte de John Kennedy, de Samuel, porque eu vou parar logo ali. Quero um cara pra me puxar pra cima, onde eu possa ensinar algumas coisas pra eles.

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Fred tem contrato apenas até o dia do aniversário do Fluminense de 2022, em julho. O atacante admite que está próximo de pendurar as chuteiras e não deve renovar depois desse período, mas colocou uma condição que pode fazê-lo repensar os planos.

- Eu tenho contrato até o ano que vem e pretendo acabar meu ciclo como jogador aqui no Fluminense e nessa data mesmo. O futuro a Deus pertence. O planejamento familiar, profissional, eu também já estou com uma idade... Eu não vou conseguir fazer o que o Nenê está fazendo. Eu comecei a ser atleta há alguns anos, não consigo suportar. O pós-Fluminense vai ser o presente: John Kennedy, Samuel... Os moleques entram, fazem gols, jogam bem, crescem.

- Acabou meu contrato ano que vem, deu. A não ser, por exemplo, que ano que vem a gente classifique novamente para a Libertadores e estiver faltando 30 dias, sei lá. Aí a gente vai até o final. Se Deus quiser vai ser assim também. A ideia é realmente parar no aniversário do clube, vai ser simbólico para mim também, por tudo que o clube fez por mim. Não só como jogador, que eu tive muito mais visibilidade e sucesso com a camisa do Fluminense do que lá fora, do que com a camisa da Seleção, e como ser humano, faz parte parte da minha família, me moldou, caráter, aprendizado, erros acertos... Foi bacana - disse.

Fred, durante treino no CT (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

Futuro do clube

- João Neto, o moleque foi treinar, eu estava treinando à parte, e vi: ele chapou uma cruzada, outra no canto do goleiro, todas na bochecha do gol. Vi movimentação, já vi que o moleque é brabo. O futuro está aqui dentro, logo ali em Xerém. Jogadores de muita qualidade. E o tempo que eu fiquei fora, a gente teve Richarlison, veio o Ceifador, colocou a camisa 9 e foi o artilheiro do Brasil... Quem colocar essa camisa aqui, vai sair 70% na frente de todos os atacantes do Brasil, porque a camisa 9 do Fluminense faz gol sozinha.

Planos pós-aposentadoria

- Eu acho que minha mulher vai querer, no mínimo, uns três meses para ela ter um marido para levar os filhos na escola, poder viajar no feriado, porque eu não tenho feriado, não tenho fim de semana... Brincadeiras à parte, meu sonho é permanecer aqui para sempre. Não sei o que vai ser do meu futuro, mas planejo tudo aqui dentro do Fluminense. Quando conversei com o Mario ele deixou claro o desejo que eu permanecesse no clube de alguma forma. Vamos viver o momento no seu tempo. Porque senão acaba embolando e não dá para fazer nada. Não dá para ser treinador jogando, não dá para ser diretor jogando, não dá para ser supervisor jogando. Dá para ser só jogador. Ajudar em outras coisas vamos pensar mais lá para frente. Mas, com certeza, estarei aqui dentro.

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