Ganso completa 32 anos com situação incerta no Fluminense; relembre trajetória do camisa 10

Desde sua chegada em 2019, Ganso perdeu espaço gradualmente; Nesta temporada, o meia participou de apenas oito jogos pelo Brasileiro

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Nesta terça-feira, Paulo Henrique Ganso completa 32 anos. No Fluminense há dois anos, o meia viveu altos e baixos após sua volta ao Brasil, e não encontrou estabilidade. Apesar da mobilização para a contratação do meia em 2019, o camisa 10 perdeu espaço no elenco de forma gradual e divide opiniões na arquibancada e dentro do próprio clube. 

Antes de chegar às Laranjeiras, o jogador demonstrava insatisfação no Sevilla, clube em que era pouco utilizado. O Flu percebeu a oportunidade e abriu negociação com o estafe do meia. A torcida se animou e apoiou a transação, chegando a invadir as redes sociais de Ganso para pedir o acerto. Quando a contratação foi confirmada, centenas de tricolores o receberam no aeroporto.

Contudo, a situação não se desenrolou como o esperado. Em 2019, o meia conquistou a titularidade em pouco tempo e atuou em 28 jogos pelo Brasileiro. Com a contratação de Nene, na mesma temporada, a vaga de Ganso no elenco principal balançou. Em 2020, o experiente camisa 77 ocupou a titularidade. Naquele ano, Paulo Henrique fez apenas 18 partidas pela competição nacional.

Nesta temporada, o meia praticamente não fez parte dos planos, muito pela chegada de Cazares. Até agora, esteve presente em apenas oito jogos do Brasileiro; contra o Red Bull Bragantino, Santos, Atlético-GO, Corinthians, Athletico-PR, Sport, Grêmio, Palmeiras e Internacional. Na última vez que entrou em campo, contra o Barcelona-EQU pela Libertadores, fraturou o braço. No momento, o jogador se recupera no departamento médico do Flu. 

Com poucas chances de atuação, o meia apareceu mais em polêmicas do que dentro de campo em 2021. Em junho, Ganso manifestou o desejo de voltar para o Santos, clube em que foi revelado. Na época, o clube paulista tentava o empréstimo do jogador. Após diversas tentativas, o dissenso na Vila Belmiro falou mais alto e o Peixe desistiu da transação. 

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Apenas mês depois, um novo episódio colocou o jogador nos holofotes. Após reclamar de ter sido substituído aos 70 minutos na partida contra o Grêmio, Celso Barros criticou o jogador. O vice-geral, e ex-vice de futebol do Fluminense, acusou Ganso de 'gostar de derrubar técnicos e dirigentes'.

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Ainda em julho, Ganso esteve em outra situação desagradável. No aniversário do Fluminense, diversos atletas do clube postaram mensagens de agradecimento, mas o camisa 10 não o fez. A aparente indiferença do atleta revoltou a torcida e incomodou. Contudo, desde a lesão na eliminação da Libertadores, o jogador não se envolveu mais em polêmicas. 

Com um salário acima da média, pouco aproveitamento e um contrato até o fim de 2023, o futuro de Ganso parece incerto. Se ficar no clube, há poucas chances de ganhar mais minutos, em especial se persistir o esquema de três volantes. Para sair, seria preciso empenhar uma boa quantia para dar conta da transação. Aos 32 anos, o camisa 10 parece não ter se reencontrado no seu retorno ao Brasil. 

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