Contratado no começo da temporada pelo Fluminense, o volante Henrique, assim como todos os jogadores de futebol, tem vivido uma rotina diferente durante a paralisação do futebol devido à pandemia do coronavírus. Além de manter as atividades físicas recomendadas pelo clube, o meio-campista também tem passado mais tempo com a família: a esposa Cristiane e as filhas Livia e Alice. E o atleta tricolor falou sobre como tem sido esse período em casa.
- Graças a Deus formamos uma família muito unida e transparente. Conversamos muito sempre, até mesmo com a Alícia que é mais novinha. Mas é claro que esta é uma situação nova que temos que ter criatividade e tranquilidade para contornar. Crianças têm desejos, vontades, que temos tentado suprir com outras coisas. Algumas aulas, por exemplo, temos conseguido manter com a ajuda da tecnologia, via Skype. E assim vamos em frente. O mais importante é termos em mente que isso é apenas um período. O quanto melhor fazermos nossa parte agora, mais rapidamente poderemos retomar nossa vida normal - comentou Henrique.
Antes programada para durar até o fim de março, a suspensão das atividade do departamento de futebol do Fluminense foram ampliadas por tempo indeterminado e os atletas receberam 20 dias de férias a partir do dia 1º de abril. Henrique falou sobre essa incerteza de quanto tempo o isolamento irá durar e a importância de pensar em novas atividades.
- Por enquanto, estamos vivendo bons momentos apesar da motivação. O problema maior está na questão de quanto tempo vai durar. Na medida que o tempo passa, as coisas tendem a ser repetitivas, isso vai gerar um cansaço, uma impaciência, sabemos disso. Um dos grandes desafios dessa fase é diversificar as nossas atividades, porque as coisas tendem a ser repetitivas. Mas temos de ter paciência e a cabeça no lugar. Manter a mente saudável é fundamental para deixar tudo em ordem e viver bons momentos em família nessa fase complicada para todos nós enquanto sociedade - afirmou o camisa 8 do Fluminense.
PSICÓLOGA DO CLUBE DÁ DICAS
A psicóloga do Fluminense, Emily Gonçalves, que, assim como outros profissionais do clube, também tem feito acompanhamento com os atletas, ressaltou a questão dos desejos da crianças durante esse período.
- Realmente as crianças têm muitos desejos desde sempre, a questão vai estar mais controlada dependendo de como os pais lidaram com isso até antes da quarentena. Aqueles que eram mais permissivos vão acaber tendo mais dificuldade. Já os que sempre filtraram os desejos terão mais domínio sobre essa situação específica - disse Emily, antes de completar:
- Essa pode uma grande oportunidade de modificar alguns hábitos das crianças. A lida com os afazeres simples da casa é um bom exemplo. Além disso, estimular a criatividade, perceber novos gostos, dons e habilidades estão no hall de muitas coisas boas que podem aflorar para os pais com tanto tempo de convivência.