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Levir diz não saber o que acontece com Fred, elogia atacante e opina: ‘Acho que ele deveria me procurar’

Treinador espera conversa com camisa 9 para entender situação e procurar solucioná-la

Levir Culpi
Levir Culpi comentou ausência do atacante Fred, após triunfo em Volta Redonda (Foto: Vinícius Britto)

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Tudo pode ser resolvido, mas primeiro é preciso saber o que, de fato, ocorreu. É dessa forma que Levir Culpi trata o caso de Fred, que alegou problemas particulares e não viajou com a delegação para enfrentar o Volta Redonda no Raulino de Oliveira. Esse, como já era de se imaginar, foi praticamente o único tema da coletiva de imprensa, após a vitória do Tricolor por 3 a 1, na tarde deste domingo. A equipe é líder da Taça Guanabara e garantiu sua vaga na semifinal do Campeonato Carioca com o resultado.

- Não tenho nem defesa, nem como atacar a ninguém porque eu não sei o que aconteceu. Tenho que conversar com ele para depois colocar publicamente o iniciou a explicação o treinador. Fiquei triste sim pela situação. Porque, se você olhar a qualidade do jogador, que é inegável, não tem o que comentar - iniciou a explicação o treinador, que comentou a relação entre ele e o camisa 9:

- O relacionamento que nós tivemos no Cruzeiro (em 2005) foi um tempo maravilhoso. Ele fez muitos gols, foi para a França (jogou no Lyon de 2005 a 2009), ficou bom para mim, para ele, para todo mundo. Foi ótimo. De lá para cá, nós tivemos sempre um (relacionamento) cordial. Então, é difícil para mim imaginar que ele esteja chateado comigo - disse.

Questionado se o centroavante estava na lista para duelar com o Voltaço, Levir afirmou que não e justificou:

- Não. Ele não foi relacionado porque ele não treinou e não conversou comigo. Fez um treinamento à parte, não sei exatamente, não foi nem com mando da comissão técnica. Aí, ele resolveu falar com a diretoria, pedindo alguns dias para resolver problemas particulares. Pode ser que ele tenha problemas particulares e eu não estou sabendo também. Gostaria até de ajudá-lo, se for o caso, Mas a verdade é essa: eu sei muito pouco para poder responder diretamente. Queria ouvir dele para pode me posicionar - argumentou.

O comandante do Tricolor ressaltou sua ideia sobre algumas revindicações presentes no futebol nacional que ele considera ser totalmente desnecessárias. Entre elas, a exigência em relação à determinadas explicações por parte da comissão técnica.

- Nós estamos no Brasil, não é? Será que é preciso que o técnico diga que quem escala o time é o técnico? Pergunta para o professor: "quem é que vai dar aula aqui?" É o professor que vai dar aula. Cada um faz a sua parte. Não houve esse questionamento do Fred em relação a mim. Ele já me conhece - frisou.

Fred vinha sendo substituído frequentemente nos últimos jogos. Para Levir, dois fatores justificam a escolha: a lesão sofrida recentemente pelo atleta e a necessidade de colocar outros jogadores em condições de participar da decisão da Sul-Minas-Rio, já que o atacante está fora devido a uma punição de cinco partidas atribuída ao mesmo logo na estreia pelo torneio.

- Estava até previsto já. Ele está vindo de uma contusão. Entraria 45, 60 minutos, porque ele não pode jogar contra o Atlético Paranaense, que é a decisão da Primeira Liga. Então, eu preciso preparar os outros atletas. E eu não preciso explicar isso para ninguém. Isso é uma atribuição do técnico.

Confira outros trechos da coletiva:

Importância de Fred
- Quem não gostaria de ter o Fred no ataque? Ele é um cara que dispensa comentários. Mas eu, na minha carreira, entendo que, se chover, é pior para eles, se fizer sol, é pior para eles. Nós temos jogadores em condições de jogar também, de superar esse momento nebuloso. Ele estava relacionado, mas é aquele coisa: não apareceu para treinar, está fora.

Posicionamento
- Ele precisa me dizer: "Levir, eu fiquei chateado com você porque você me tirou". Eu estou ouvindo fofoca. Quero falar com ele, ter essa oportunidade para saber realmente o que aconteceu e para me posicionar melhor.

Objetivo no clube
- Eu vim aqui para trazer alegria para os caras, para me sentir bem, ser campeão e deixar todo mundo crescer como profissional. Esse é meu interesse. Agora, não é possível um técnico passar por um clube e agradar a todos os profissionais. Eu estou aberto também às contrariedades. Isso faz parte do nosso trabalho.

Quem deve procurar quem para conversar?
- Nesse momento, o Fred já tem 32 anos. E eu tenho 63. Acho que ele deveria me procurar.

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