Luiz Henrique chora, cita amigos no Fluminense e declara: ‘Essa despedida vai doer muito’

Jogador fez a última partida no Maracanã antes de viajar para se apresentar ao Real Betis, da Espanha, no início do mês

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Na despedida do Maracanã, o jovem Luiz Henrique se emocionou. Desde a chegada na zona mista após a vitória sobre o Cruzeiro ele segurava as lágrimas ao falar sobre a reta final no Fluminense, mas foi quando começou a lembrar do apoio dos "moleques de Xerém" que o jovem não aguentou mais segurar. Aos 21 anos, o atacante se torna atleta do Real Betis, da Espanha, no próximo dia 1º de julho. Revelado no Tricolor, ele ainda tem mais uma partida antes de viajar, no domingo, contra o Botafogo.

- Os moleques de Xerém estão me apoiando muito. Sempre me apoiaram e estiveram do meu lado. André, Martinelli, Calegari. Sempre foram humildes comigo, honestos e eu também. Tenho que agradecer muito a eles. Sempre vêm falando comigo que vou vencer, que sou humilde. Um moleque que veio de baixo. Cara... a gente fica emocionado porque tenho bastante amigo nos "moleques de Xerém". Sempre me ajudaram - disse às lágrimas.

- Tenho que agradecer muito a eles mesmo. Sempre estiveram do meu lado, nunca foram traíras. Sei que tem muita gente ruim nesse mundo, mas esses moleques que vieram de baixo como eu estiveram do meu lado sempre nos momentos difíceis e felizes. Por isso estou chorando. Eles me ajudaram na carreira, passei por muitos momentos difíceis e eles estiveram do meu lado, minha família também. Essa despedida vai doer muito - finalizou. 

Luiz viveu altos e baixos no Fluminense. Chegou a ser vaiado nesse mesmo Maracanã e, nesta quinta-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, teve o nome cantado uma última vez pelos torcedores na casa tricolor.

- É um sentimento de muita gratidão. Só tenho que agradecer a essa torcida. Enquanto eu estava na baixa eles não estavam vaiando, criticando. Eles sabiam que eu tenho um potencial muito bom e estavam querendo que eu desse meu melhor. Dei a volta por cima, trabalhei muito. Vim de baixo, sou humilde, ajudo todo mundo, faço tudo. Domingo tem o último jogo, vou dar a minha vida para sair mais por cima ainda, se Deus quiser com gol - disse.

- Passou um filme. Foi muito sacrifício desde o primeiro dia, quando comecei em Xerém. Foi um sacrifício estar aqui agora no profissional. Eu estava segurando muito minha emoção. Minha família toda estava ali, levaram uma faixa para mim. Eles me apoiaram desde os meus 11 anos, quando cheguei em Xerém. Foi muito gratificante, um dever cumprido - completou.

Luiz Henrique entra em campo uma última vez pelo Flu no clássico com o Botafogo no próximo domingo, às 16h, pelo Campeonato Brasileiro.

- É um até logo. Sei que um dia vou voltar para o Fluminense. Desde os 11 anos eles abriram a porta para mim. Foi meu primeiro clube. Clube de coração do meu pai, me sinto muito orgulhoso, só tenho a agradecer a essa torcida maravilhosa. Ainda não caiu a ficha. Eu nem sei o que falar. Estou segurando muito a minha emoção. Um moleque tão novo estar ganhando o mundo, saindo com 21 anos. Tem que colocar a cabeça no lugar, mas sei que lá na frente vai dar tudo certo. Eu trabalho muito, dou minha vida, dei até aqui e vou dar até me aposentar - afirmou.

Luiz Henrique cantou com a torcida no gramado (Foto: Luiza Sá/LANCE!)

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EMOÇÃO


- Isso é fruto do meu trabalho. Só tenho que agradecer a essa criançada que me apoia muito. Vou sair ali e sei que vai ter muita foto, alegria das crianças. Estou segurando muito a minha emoção aqui. Não sei se vou conseguir segurar, vou chorar, não tem jeito. Minha alegria está imensa. Me apoiam muito, falam que são meus fãs, se inspiram em mim. É fruto do meu trabalho.

XERÉM

- Todos os garotos de Xerém que vão para o profissional dão a vida, o máximo. A base é muito boa, é bem trabalhada. Todos os moleques que botam o pé no profissional dão a vida, fazem de tudo e seu dever aqui para ir para a Europa.

PRIMEIRO CONTRATO

- No meu primeiro contrato foi uma alegria imensa que eu queria para a minha vida e minha família. Eles precisavam muito de mim, só tinha eu de jogador. Eu fui o primeiro jogador lá de casa. O primeiro contrato que assinei eu dei uma compra para a minha mãe. Ela precisava de mim, falou "meu filho, vai lá, faz uma compra para sua mãe que sua mãe só tem você para dar o fruto para a família". Me sinto muito feliz.

- Minha mãe está muito feliz, veio no jogo passado e estava muito emocionada. Ela e meu pai, que é tricolor de coração também. Quando eles viram o filho deles sendo vendido eles ficaram muito felizes. Só tenho a agradecer a eles, que me apoiaram muito.

MOMENTO MARCANTE

- O que ficou marcante para mim foram os primeiros dias, quando fui para Xerém. Meu empresário não tinha condição, ele não sabia nada de futebol, mas sempre deu a vida por mim. Sempre esteve comigo desde os meus 8 anos, quando saí da comunidade. Ele acreditou em mim e foi o primeiro jogador que ele teve. Também sempre acreditei em mim. Ele falou que teriam dias difíceis, mas eu tinha que colocar a cabeça no lugar. Tem que ir em frente.

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