Mano Menezes faz autocrítica após vitória do Fluminense e classificação no Carioca

Treinador acredita em evolução do Tricolor na sequência

imagem cameraMano Menezes em coletiva após a vitória do Fluminense sobre o Bangu, pelo Campeonato Carioca (Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 23/02/2025
22:03
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O técnico Mano Menezes fez uma autocrítica em relação a atuação do Fluminense após a vitória por 3 a 2 sobre o Bangu, pelo Campeonato Carioca. O comandante citou diversos erros do Tricolor, mas acredita na evolução do time pensando na sequência com estreia na Copa do Brasil e semifinal do estadual.

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- Marcamos três (gols) e poderíamos ter feito cinco ou seis. No primeiro tempo, tivemos mais dificuldade, mas o nosso maior problema não foi a criação. Foi a maneira como nos comportamos quando tivemos dificuldade para criar. Você não pode ceder dois gols ao Bangu nas circunstâncias que cedemos. Quando uma equipe tem dificuldade para criar, pois a outra tem linhas baixas, você tem que ter calma, rodar a bola, se manter organizado e eu achei a equipe muito nervosa, um pouco tensa para tentar atingir o objetivo, que era a classificação. Erramos bastante quando tivemos essa dificuldade e erramos de novo quando conseguimos fazer 3 a 1.

Na sequência, Mano Menezes explicou os aspectos que deram certo na vitória do Fluminense sobre o Bangu, como o jogo pelos lados do campo. No entanto, o treinador voltou a bater na tecla dos erros bobos que não deveriam ser cometidos e que devem ser corrigidos para os próximos compromissos.

- O jogo sempre esteve pela beirada, melhoramos muito pelos lados com a entrada de Serna. Iniciamos o primeiro tempo com o Fuentes mais alto e Samuel mais baixo. Na segunda parte, invertemos para ter mais força pelo lado direito. Fizemos o 3 a 1 e cometemos o erro de forçar jogadas por dentro. A jogada da penalidade que cometemos começa com uma jogada por dentro que perdemos, enquanto os lados estavam livres para a gente trabalhar. É isso que tem que saber equilibrar, usar o lugar certo onde estávamos levando vantagem. Achei que conseguimos o objetivo, mas diferente do jogo contra o Nova Iguaçu, não conseguimos entregar um jogo tão bom. Mas temos que passar por isso para ficarmos mais maduros e preparados para o que vem pela frente.

Nesta segunda-feira (23), Mano Menezes e a delegação do Fluminense viajam para Belém visando o duelo contra o Águia de Marabá, pela primeira fase da Copa do Brasil. No próximo fim de semana, o Tricolor encara o Volta Redonda, pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Carioca.

Mano Menezes conversa com jogadores do Fluminense durante parada técnica contra o Bangu (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

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Semanas de treinos livres

- Vamos tentar colher o que plantamos nessas semanas que não tivemos jogos. Quando se faz um treinamento de semana inteira, você tenta ganhar combustível para enfrentar essa maratona que tem pela frente e ganhar jogadores que estejam tão preparados quanto os outros que iniciaram a partida, porque será necessário ter mais do que 11, 12 jogadores para jogar três jogos em uma sequência. Você tem que ter essa capacidade de entender isso. Se passar na Copa do Brasil, é provável que na quarta-feira de cinzar a gente tenha outro jogo pela competição.

Comportamento do Fluminense

- Como comportamento, penso que é mais próximo do que queremos. No primeiro tempo, não entramos com a concentração necessária, estivemos lento de raciocínio, de comportamento, que transmitia uma apatia que irrita o torcedor, a gente. Tanto irrita o time que você começa a tomar decisões piores. No segundo tempo, voltamos um pouco tensos, mas depois retomamos o jogo, então tivemos o comportamento para ser merecedores da vitória e da classificação. A gente tem capacidade para fazer a semifinal em um nível como fizemos contra o Flamengo, Nova Iguaçu e Vasco, que servem mais de parâmetro para mim do que o jogo de hoje. É a hora do conhecimento, da calma, da cobrança. Em cima dessa cobrança que estabelecemos o nível que queremos estar.

Projeção para a sequência

- Eu entendo o torcedor quando ele fica ansioso, quando ele vê algo que não está gostando, mas tenho certeza que não faremos o jogo de hoje. Seremos o Fluminense dos três jogos que citei, contra adversários mais qualificados. Adversários que nos exigiram mais defensivamente da gente e que não cometemos os mesmos equívocos que cometemos hoje.

Ausência de Ganso

- Acredito muito em equipe. Mesmo com as virtudes do Ganso, a equipe precisa encontrar soluções de forma mais equilibrada. Se você não tem em um jogador só, talvez tenhamos que compor o setor com dois, três jogadores em que cada um vai dando um pouco de armação para dar uma qualidade de jogo melhor quando enfrenta um adversário tão baixo. Penso que não serão as situações dos jogos que enfrentaremos pela frente. Da mesma maneira que temos que ganhar do Águia, o Águia tem que nos ganhar. Vale o mesmo para o Volta Redonda. Isso muda a história do jogo e acredito que a equipe tenha outro tipo de comportamento para solucionar esses problemas. Às vezes as coisas não vão só na técnica, na organização, mas no algo mais. E a gente precisa melhorar um pouco, porque é assim que funciona. São pequenos detalhes que se ajustam nessa hora decisiva e quando se chega, a história é diferente.

Ideia de jogo

- Difícil ter um 11 ideal hoje em um futebol que se joga de três em três dias. Você tem que ter uma ideia e trabalhar para que todos, entendendo a ideia, possam executar o que você pensa. O Fluminense não pode só reagir em cima de adversário. Você tem que propor, tem que ter soluções de time que propõe também. A diferença para que o torcedor entenda quando vai se buscar características diferentes é porque temos que ter volume pelos lados e temos que ter presença de área, alguém que seja um bom cabeceador, por exemplo. Isso vai fazendo com que a equipe encontre soluções. Eu entendo essa ansiedade, mas o treinador precisa trabalhar com os jogadores que chegaram, conhecê-los individualmente, ver como eles se comportam, como eles entendem o que é pedido e é o que vamos fazer com os jogadores que chegaram.

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