Em entrevista coletiva no CT do Fluminense, nesta segunda feira (16), Mário Bittencourt falou sobre o tema SAF no clube. O presidente abriu o momento "respondendo" itens de uma nota publicada pelo jornal O Globo horas antes.
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O item 4 da nota dizia: "A SAF tem que ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube".
- Começar pelo item quatro da nota que a SAF tem que ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube. Há um equívoco. Quando formos colocar o processo de SAF em votação, ele não passa pelo Conselho Deliberativo ou Diretor do clube. A votação pra saber se o Fluminense decidirá se o clube se transformará em SAF é por uma Assembleia Extraordinária. Muitas coisas são faladas, inventadas. Quem decidirá se o Fluminense será SAF não será diretoria, mas sócios torcedores, sócios contribuintes e proprietários. O que o processo estatutário do clube já demonstra transparência. Terá que haver uma eleição. É um assunto que a gente fala em todas as coletivas. Quando tivermos uma operação concreta, vamos dar publicidade às questões financeiras, de quanto vai ser a proposta, de quem será o investidor. Não será feito de maneira rápida. E os sócios vão decidir se querem uma SAF ou não. Conselho deliberativo aprova apenas questões internas do clube.
O item 1 da nota dizia: "O BTG quer montar um fundo para investir na SAF. O banco não vai botar um real no negócio. Vai estruturar a operação, procurando investidores — de preferência entre tricolores ilustres (e abonados) interessados em entrar no negócio".
- De maneira muito transparente, eu disse que o BTG foi contratado como assessor financeiro do Fluminense para buscar um investidor. O BTG não vai botar um centavo aqui. Fui claro direto e objetivo dizendo que o BTG não foi contratado para ser o investidor. Ele foi contratado pela nossa gestão para buscar o investidor.
O item 3 da nota dizia: "Mário Bittencourt quer ser o CEO da SAF. O BTG não apoia esse desejo do presidente do Fluminense".
- O BTG não opinará sobre quem será o CEO do Fluminense. Quem decidirá, será o investidor. Chega a ser até uma questão que me assusta que as pessoas possam pensar que eu teria colocado uma condicionante nesse sentido. A SAF é um instrumento jurídico para trazer novos investimentos para o clube. Obviamente seria um contrassenso que eu fizesse algum tipo de exigência pessoal acima dos interesses do Fluminense. O processo em busca de um investidor segue. Demos uma estancada no fim do ano, porque passávamos por uma situação muito difícil e obviamente que uma queda afetaria. Tínhamos que focar única e exclusivamente em salvar o clube. Isso faz toda a diferença. Não há falta de transparência ou condicionante em ser ou não o CEO. Tem questões que são óbvias. Se a gente está aqui e quer que o Fluminense se transforme em SAF, a gente conduz o negócio.
Mário trouxe também outros esclarecimentos sobre a SAF. O presidente contou que o Fluminense agora está aberto também para investidores que desejam ter o controle do clube com a compra.
- Queria dizer que em razão de movimentos que a gente percebeu do mercado, da economia mundial. A gente chegou em 2019 com uma situação muito ruim do clube. Na primeira gestão, fizemos um trabalho de reestruturação do clube. Temos o orgulho de ter três anos com salário em dia, pagando em dia os jogadores que a gente compra. Nossa dívida está equacionada. Na segunda gestão, eu disse que o sonho era conquistar a Libertadores, e conseguimos. Mesmo com o faturamento abaixo dos maiores clubes do Brasil. Por fim, a gente queria liquidar definitivamente com a dívida do passado. O melhor instrumento para se liquidar a dívida é a SAF. Não temos um investidor, mas o que temos de novidade é que na última reunião que tivemos é que a gente mandatou o banco para que também busque investidores que queriam a compra do controle. A gente entendeu aqui que tinha que abrir o leque para a possibilidade de venda de controle, porque isso pode aumentar o investimento e pagar a dívida do clube. As SAF's que mais me atraem, como a do Bahia, priorizou o equacionamento da dívida para montar times fortes. A gente autorizou o BTG a procurar investidores que queiram comprar o controle. Vamos priorizar os interesses do Fluminense. Por fim, não houve nenhuma exigência minha. O banco também não opina sobre isso.