A Prefeitura do Rio de Janeiro liberou a presença de 50% de público nos estádios, mas a discussão sobre o retorno da torcida tem sido constante nos últimos dias. Nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, afirmou que os clubes desejam ter as pessoas de volta, mas destacou que a briga judicial se deve ao fato de alguns estados liberarem e outros não, o que faria com que nem todos os times pudessem ter o torcedor de volta.
- Os 19 clubes querem que o público retorne, a gente também quer. É ruim ver o Maracanã vazio. É difícil jogar sem. É um desejo de todos. A única discussão é que a competência para abrir o estádio é das prefeituras e das secretarias de saúde, já a competência para alguns terem público e outros não, é dos clubes. O Fluminense quer a volta, tanto que fez um pedido para ter público contra o Barcelona de Guayaquil, todos querem - disse o dirigente.
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- A discussão que teve no conselho técnico era se é justo alguns terem torcida e outros não. A conclusão foi que não era justo. A maior punição é tirar a torcida e hoje estamos todos "punidos" pela pandemia. Na concepção do colegiado não é justo que alguns estejam com e outros sem. Há nova reunião dia 28 e há o consenso que voltemos dia 2 de outubro a ter público caso todos estejam liberados - completou.
Nos últimos dias, 17 clubes da Série A entraram no STJD com um pedido para derrubar a liminar que permite ao Flamengo a presença de torcedores. Foi assim que o clube carioca abriu novamente o Maracanã para o jogo com o Grêmio na Copa do Brasil. No entanto, essa decisão caiu para a rodada do fim de semana do Brasileirão.
Outro tema que tem relação com a volta dos torcedores é a renovação dos planos de sócio-torcedor. O clube chegou a ganhar mais de 10 mil sócios no meio do ano passado, mas viu o número, que começou na casa dos 26 mil e chegou aos 37 mil, cair para pouco menos de 30 mil neste momento. Mário afirmou que o lançamento dos planos está próximo e que o Tricolor vai privilegiar aqueles que se mantiveram adimplentes nos últimos meses.
- Quando fizemos a pesquisa sobre o motivo de ser sócio, a maioria diz que é para ir aos jogos. Interrompemos o lançamento no ano passado e fizemos um trabalho, que começou pela torcida e o clube abraçou, do #ÉPeloFlu. Conseguimos a retenção desses sócios. Mesmo sabendo que não haveria público, 30 mil pessoas se mantiveram. A tendência é que a gente lance daqui a um mês o novo plano, com a abertura do estádio. Nos primeiros jogos vamos privilegiar os sócios que pagaram esse tempo todo. O Fluminense não tem prejuízo quando coloca sua torcida no estádio, vamos privilegiar quem ficou, não vamos nos preocupar com a questão financeira, mas com quem ficou. O protocolo que o Fluminense defende é só de vacinados. O PCR custa muito caro, uma ida ao estádio de uma família custa R$ 1500, não faz sentido fazer isso com o torcedor. A tendência é que os sócios estejam como convidados do Fluminense - explicou.