A eleição de melhor lateral-direito do Campeonato Carioca de 2019 coroa a boa fase que Gilberto vive no Fluminense e, talvez, a melhor da carreira. Autor de dois gols no ano e oito com a camisa do Tricolor, onde chegou no início de 2018, o carioca de 26 anos celebra a primeira premiação individual da carreira.
Pode parecer pouco, mas os números reforçam que ele está em alta e isso pode ser comprovado em comparação com os concorrentes do Rio de Janeiro: Pará, titular do Flamengo, não marca desde 2017. Marcinho, do Botafogo, fez apenas um desde o ano passado e Cáceres, do Vasco, que chegou em janeiro, está zerado. Rodinei, do Fla, é quem chegou mais perto: dois gols em 2018.
Em comparação com os laterais de São Paulo, Gilberto segue em vantagem: Fagner, do Corinthians, não marcou neste período. Victor Ferraz, do Santos, anotou quatro, Marcos Rocha (Palmeiras) fez dois e Bruno Peres (São Paulo), um.
Em Minas e Porto Alegre, ele também se destaca: Guga, do Atlético-MG, fez quatro quando ainda jogava pelo Avaí, contra um de Edilson. No Internacional, Zeca ainda não balançou as redes (ano passado o titular foi Fabiano, hoje, no Palmeiras, que também não marcou). Léo Gomes, do Grêmio, é o único com mais gols que Gilberto no ano (quatro), mas menos desde 2018 (cinco).
O alto número de gols de Gilberto chama ainda mais atenção porque ele teve uma grave lesão (edema ósseo no joelho) em agosto do ano passado, só voltou neste ano (no final de fevereiro) e demorou para engrenar no time de Fernando Diniz, que hoje é só elogios ao jogador e pede que Tite dê uma chance ao lateral na Seleção Brasileira.
- Foi a melhor atuação desde a volta dele (contra o Santa Cruz). Ele tem um potencial enorme. É um jogador selecionável, que pode pintar na Seleção. Nosso desentendimento é uma coisa que só fortalece, é igual a amizade. Tem ainda mais o meu respeito e meu carinho. Espero que ele possa repetir atuações como essa - comentou o treinador.
Melhor fase da carreira? Nos números, sim
Gilberto foi revelado pelo Botafogo, onde estreou em 2011, com apenas 18 anos. Ficou no clube até janeiro de 2014, quando foi emprestado para o Internacional. Voltou ao clube carioca no ano seguinte e acabou vendido para a Fiorentina, da Itália, em julho de 2015. Não teve espeço na Viola e acabou emprestado duas vezes (Latina e Hellas Verona).
Em todos esses clubes, somados, ele não fez o número de tentos que tem agora no Fluminense. Pelo Alvinegro e pelo Colorado foi um gol em cada time. Na Itália, ficou zerado.
Gols dos laterais-direito no Brasil desde 2018
Gilberto: 8
Léo Gomes (GRE): 5
Guga (AVAÍ e CAM): 4
Victor Ferraz (SAN): 4
Cláudio Winck (INT, SPORT e VAS): 3
Rodinei (FLA): 2
Igor Vinicius (PON e SPO): 2
Marcos Rocha (PAL): 2
Edilson (CRU): 1
Ezequiel (CRU e FLU): 1
Bruno Peres (SPO): 1 *
Marcinho (BOT): 1
Léo Moura (GRE): 1
Cáceres (VAS): 0 *
Zeca (INT): 0
Pará (FLA): 0
Mayke (PAL): 0
Fabiano (INT e PAL): 0
Michel Macedo (COR): 0 *
Matheus Ribeiro (SAN): 0 *
Orejuela (CRU): 0 *
Patric (CAM): 0
Igor Juliao (FLU): 0
Rafael Galhardo (VAS e GRE): 0
Bruno (BAH e INT): 0
* jogadores que atuaram no exterior por um tempo entre esses dois anos