Após entrar na Justiça contra o Fluminense pedindo a rescisão unilateral do contrato com o clube, na última sexta-feira, Miguel e seu estafe protagonizaram mais um capítulo da novela que envolve o atleta e o Tricolor. Isso porque, nesta segunda o meia de 18 anos não se reapresentou no CT Carlos Castilho, junto com seus companheiros. Vale ressaltar que no sábado, véspera da semifinal do Carioca, contra a Portuguesa, Miguel também já havia faltado o treino. A expectativa é que o jovem não defenda mais as cores do Fluminense.
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O jogador e seu estafe ainda aguardam uma decisão judicial para a definição do futuro do atleta. Isso porque, na última sexta, Miguel e seus representantes entraram com um pedido de rescisão unilateral contra o Flu. No processo, o jovem alega atraso de cerca de um ano no pagamento de um reajuste salarial previsto em contrato, além de não recolhimento de parcelas do FGTS. O processo corre em segredo de Justiça na 9ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.
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O contrato de Miguel com o Fluminense é válido até 3 de junho de 2022. O presidente Mário Bittencourt havia afirmado em uma de suas entrevistas coletivas que tinha a intenção de renovar o vínculo, mas as conversas não chegaram a acontecer e a extensão estava distante. Diretoria e estafe já não estavam em sintonia e a relação ficou desgastada. O clube ainda não foi notificado judicialmente.
Pelo profissional, Miguel tem 20 jogos e apenas 611 minutos. Ele deu quatro assistências. Ele foi titular na estreia do Campeonato Carioca com os atletas do time Sub-23, mas sentiu um mal-estar no primeiro tempo e foi substituído. Depois, sofreu uma lesão muscular e nunca mais foi utilizado. Ele chegou a ser relacionado para os jogos contra Madureira e Portuguesa, quando Roger Machado utilizou apenas os reservas.
Destaque das categorias de base, o jovem era considerado uma das grandes joias do Fluminense nos últimos anos. Ele foi promovido ao elenco principal em 2019, aos 16 anos. Mas a relação fora das quatro linhas teve alguns problemas. Quando ainda estava em Xerém, Miguel deixou o Flu por atritos de seu pai com os diretores da base e foi parar no Vasco. Meses depois, após novas diferenças, desta vez com Eurico Brandão, o Euriquinho, deixou o Cruz-Maltino e retornou.
Apesar de ter idade para atuar no Sub-17, Sub-20 e Sub-23, Miguel não voltou à base depois de ser promovido. A falta de minutos incomodou o jogador e seu pai, que agora leva a questão para os tribunais.
Além disso, a pedido de Fernando Diniz, o Santos estaria monitorando a situação do jogador. O Alvinegro Praiano pretenderia ter Miguel de graça, mas não descarta um acordo com o Flu. A informação foi dada inicialmente pelo site 'Netflu'.