Pandemia do coronavírus gera onda de solidariedade no Fluminense

Com o futebol paralisado,&nbsp; funcionários do Tricolor mostram empatia com os menos favorecidos e abrem mão de parte dos salário enquanto torcedores se unem por doações<br>

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Enquanto o futebol segue paralisado em razão da pandemia do COVID-19, gestos de solidariedade puderam ser vistos entre torcedores e funcionários do Fluminense. Internamente, dirigentes optaram por abrir mão de parte dos salários para garantir que os empregados com vencimentos mais baixos não ficassem sem receber. Fora das Laranjeiras, torcedores se uniram e fizeram doações no Rio de Janeiro. 

Dirigentes de diversas áreas do clube com salários mais altos se uniram e tomaram a iniciativa de abrir mão de 15% dos salários em prol dos que ganham menos. O gesto emocionou o presidente Mário Bittencourt. Em uma rede social ele agradeceu. 

- Gostaria de agradecer o generoso gesto dos diretores, gerentes e prestadores de serviços do Fluminense que propuseram a redução de 15% de seus vencimentos durante o período de paralisação. A atitude bonita e grandiosa já motivou vários outros funcionários do clube a aderirem ao movimento. Tudo visando a manutenção dos empregos dos funcionários de menor salário. A atitude emociona e me deixa muito honrado em poder liderar uma equipe com esta hombridade - postou o presidente em uma rede social.

Em gesto semelhante, a Comissão técnica do time profissional se mobilizou pela doação de cestas básicas para os funcionários do CT Carlos Castilho.

Fora dos domínios do Tricolor, os torcedores também mostraram empenho em conter a expansão do coronavírus. Representantes de duas torcidas organizadas se uniram e arrecadaram comida e produtos de higiene para moradores de rua do Rio de Janeiro. Em uma rede social fizeram um apelo para que torcedores de outros clubes repitam o gesto.

- Estamos divulgando essa iniciativa porque acreditamos que outros grupos e torcidas também podem atuar com ações similares frente à essa situação inédita que vivemos. Convocamos assim o povo da arquibancada para entrar junto conosco nesta guerra. Somos arquibancada, somos pista… E a pista necessita de nós - postou o perfil de uma das organizadas.

Sem acordo com jogadores

Em vídeo divulgado no último sábado, o presidente Mário Bittencourt lamentou que a proposta de redução salarial em 25% para os atletas não tenha sido aceita por eles e pelos sindicatos que os representam. O mandatário tricolor foi escolhido como porta-voz da Comissão Nacional de Clubes (CNC), que reúne representantes de times das Séries A, B. C e D. As negociações neste sentido deverão ser feitas individualmente entre clubes e seus jogadores. 

Com o futebol parado, o elenco tricolor vem mantendo a forma com acompanhamento remoto dos preparadores físicos e outros profissionais. O Campeonato Carioca e as demais competições nacionais seguem paralisadas ainda sem data certa para serem retomadas.  

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