Escrito por Lance!
Cria das categorias de base do Fluminense, o jovem Pablo Dyego ainda era um rosto não muito conhecido do torcedor tricolor. O atacante, que foi bastante elogiado pelo técnico Abel Braga após ganhar oportunidades na reta final do Campeonato Carioca, foi o primeiro jovem de Xerém a participar do programa internacional do clube. Em 2013, foi emprestado para o Djurgårdens IF Fotboll, da Suécia. Depois disso, passou por Legia Warsaw e Legia II Warsaw, da Polônia, Ottawa Fury FC, do Canadá, e San Francisco Deltas, dos EUA.
Seu retorno ao Fluminense aconteceu no início deste ano e ele teve algumas chances durante o Estadual, aparecendo ainda na semifinal e final da Taça Rio. Pablo se tornou um dos reservas mais importantes na equipe de Abel.
- Foi uma experiência muito boa. Mudou a minha vida também culturalmente, e mudei como pessoa. Se hoje estou nessa forma, aquilo ajudou muito - lembra o jovem atacante, ressaltando o começo de ano no Fluminense.
- Quero continuar trabalhando, da mesma forma. Acho que, desde o início do ano, a gente vêm de uma desconfiança enorme. O Abel sempre está dando moral para a gente. Temos de continuar fazendo o que estamos fazendo, se doando em campo que coisas boas virão.
No Campeonato Carioca, Pablo Dyego, de 24 anos, atuou em oito partidas - contra Portuguesa, Flamengo (duas vezes), Volta Redonda, Nova Iguaçu, cabofriense, Botafogo e Vasco - com 56 passes e 11 finalizações. Uma das caras jovens do elenco tricolor, ele pode colocar uma pulga atrás da orelha de Abel durante a temporada.
Diretor elogia
Marcelo Teixeira, diretor da base do Fluminense, aponta que Pablo Dyego foi uma espécia de "cobaia", mostrando que o clube estava trilhando o caminho certo ao dar experiência internacional a algumas das jovens promessas, principalmente pelos ganhos fora de campo.
O dirigente lembra que o jovem tinha algumas dificuldades que refletiam em campo e, após o período fora do país, voltou mais confiante e podendo ajudar o time profissional, como vem fazendo.
- O Pablo Dyego tem uma característica especial por ser o jogador que nos mostrou que estávamos no caminho certo do nosso lema "Faça uma melhor pessoa e teremos um melhor jogador". Ele era muito tímido, veio de comunidade, não conseguia se soltar em campo e acabou perdendo espaço ainda na base - lembrou.
- A gente acreditava nele e emprestamos ele para a Suécia. Lá, ele teve de enfrentar o frio, uma cultura totalmente diferente, outro idioma, conheceu novas pessoas, fez amizades, namorou, aprendeu a lavar uma roupa, fazer comida, etc. Voltou para Xerém muito mais confiante, outra pessoa. Não demorou muito, assumiu a titularidade na base e virou um líder para os atletas de sua geração e os mais novos. É um atleta em que apostamos muito. Tenho certeza de que vai ser útil ao Abel Braga, como vem sendo - afirmou.