A Taça Guanabara pode não ser entregue ao Fluminense neste sábado, mesmo em caso de vitória do Tricolor sobre o Resende, jogo que será realizado em Volta Redonda. O resultado garante matematicamente a primeira colocação geral ao Flu, mas o título pode ficar sob júdice caso a presidente do TJD-RJ, Renata Mansur, acate uma medida cautelar do procurador-geral do órgão, Andre Valentim. A informação foi publicada inicialmente pela rádio Tupi.
O procurador-geral alega que o Tricolor pode ser punido com perda de pontos em caso que envolve diretamente o atacante Gabriel Barbosa, do Flamengo. Durante o último Fla-Flu, vencido pelo time das Laranjeiras, o camisa 9 rubro-negro alegou ter sido vítima de racismo em jogo marcado por fatos preconceituosos vindo das duas torcidas.
O questionamento do procurador-geral é de que, caso ocorra a perda de pontos do Tricolor na competição neste julgamento, Flamengo e Vasco ainda poderiam alcançar a primeira colocação.
- O Fluminense está sendo denunciado e pode perder até três pontos. Caso perca, o Flamengo e Vasco estariam no páreo. Dei entrada hoje e estou esperando o despacho para suspender a homologação caso o Fluminense vença a partida. Se entregar a taça agora, como vai tirar depois? Está na mão da presidente - afirmou Andre Valentim, ao jornal 'O Globo'.
Ainda segundo matéria do 'O Globo', o processo pode ser arquivado sem mesmo ser julgado. Isso porque a ação está em fase de investigação e, em caso de não caracterização de infração ou não definição de autoria, a tendência é que o processo seja arquivado.
Além disso, o artigo 243-G prevê que a punição seja dada ao clube caso exista a comprovação da autoria dos gritos racistas oriundos de um 'considerável número de pessoas', o que não seria possível afirmar até o momento.
O procurador-geral já atuou em outros dois casos solicitando uma punição ao Fluminense. Em 2019, Valentim tentou excluir o Tricolor do Cariocão por, na visão dele, procurar a Justiça Comum antes da Desportiva com uma liminar que proibia a entrada de torcida no Maracanã. O pedido foi indeferido.
Já em 2015, o procurador-geral solicitou punição de seis jogos para o atacante Fred após o jogador ter sido expulso por uma suposta ofensa aos árbitros Wagner do Nascimento Magalhães e Luiz Antônio Silva Santos, o Índio.