No dia 31 de janeiro, o Fluminense anunciava Paulo Henrique Ganso depois de muita expectativa dos torcedores. O primeiro jogo, 22 dias depois, seria a vitória contra o Bangu por 2 a 0, no Maracanã. Hoje, quase cinco meses depois da chegada do jogador, os números ainda não correspondem à expectativa criada, mas o camisa 10 ganhou crédito com os tricolores.
Ganso marcou quatro gols em 20 jogos pelo Flu. Além disso, ele tem uma assistência. No ano, o time de Fernando Diniz marcou 60 vezes. Nesse período, o meia só não foi titular contra o Bahia, quando seria poupado, mas acabou entrando no segundo tempo. Ele ficou fora de oito partidas do Fluminense desde a estreia. As lesões, que atrapalharam a carreira em outros momentos, não tem sido frequentes e ele foi desfalque por este motivo apenas quando machucou a coxa esquerda, em 22 de abril.
O temperamento quente também se apresentou como um problema, evidenciado na semifinal da Taça Rio, quando xingou o quarto árbitro e acabou expulso. Porém, este foi o único cartão vermelho até o momento, além de outros três amarelos.
Os números, no entanto, não revelam todo papel de Ganso para o time. Além do âmbito técnico, a liderança também é importante para um grupo recheado de jovens. O que pode explicar as atuações ainda abaixo do que era esperado é o posicionamento. O camisa 10 tem feito um papel mais recuado em algumas partidas e a presença de Luciano limita os espaços. Com a saída do companheiro, porém, isso pode mudar após a Copa América.
A posição mais próxima aos volantes e com uma postura um pouco mais defensiva fez outro fator aumentar entre as estatísticas de Ganso. De acordo com números do "Footstats", são 27 desarmes realizados até o momento, divididos entre o Brasileiro, Copa do Brasil, Sul-Americana e Carioca.