O Fluminense precisava de fazedores de gols de primeira para engrenar de vez. Por isto, buscou no Atlético-PR tanto Assis quanto Washington, que era um centroavante oportunista, sempre à espreita para ajudar a conduzir o Tricolor às vitórias. Um dos ídolos consagrados do Flu, o eterno camisa 9 completaria neste domingo 56 anos, marcados por gols e alegrias para a torcida tricolor.
Desconhecido do grande público quando desembarcou nas Laranjeiras Washington não demorou para se firmar com a camisa do Fluminense. Além de formar com Assis o "Casal 20", apelido inspirado em um seriado da época, o centroavante recebeu um cântico especial: “ão, ão, ão, na cabeça do negão”.
Com seu repertório de gols, Washington ajudou o Fluminense a desvendar o caminho dos títulos, fazendo parte da geração tricampeã estadual de 1983, 1984 e 1985, e do time que traduziu o Brasil em três cores no ano de 1984.
Após dar tantas alegrias ao Fluminense, o ex-centroavante passou por clubes como Botafogo, Desportiva-ES, Galícia e Santa Cruz, até deixar o futebol em 1996. Mas, depois de uma Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que afetava a parte cerebral, a fala e a locomoção, Washington encerrou sua trajetória na Terra em 2014, aos 54 anos, para seguir na memória dos tricolores e também ter sua imagem marcada nas Laranjeiras.
Um busto de Washington foi inaugurado na sede do Fluminense em 2015, e está ao lado do eterno companheiro dos gramados, Assis. Afinal, gritar "recordar é viver" para o adversário ganhou um sabor especial graças aos pés do "Casal 20".