Retrospectiva 2024: Marcelo vai do bom início ao fim de passagem melancólica no Fluminense

Atleta também foi homenageado pelo clube em Xerém

imagem cameraMarcelo em sua última partida pelo Fluminense no Maracanã contra o Athletico-PR (Foto: Jorge Rodrigues/AGIF)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 31/12/2024
08:00
Atualizado em 30/12/2024
23:53
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Grande contratação do Fluminense em 2023, Marcelo viveu altos e baixos em 2024 e encerrou a passagem pelo clube de forma polêmica e melancólica. O Lance! relembra a última temporada do jogador com a Armadura Tricolor.

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Com reapresentação tardia por conta da disputa do Mundial de Clubes em dezembro de 2023, o camisa 12 teve sua pré-temporada comprometida devido a decisão da Recopa Sul-Americana. O clube via a competição como grande objetivo do primeiro semestre, mas também como a oportunidade de quebrar um tabu contra a LDU em finais.

No entanto, Marcelo atuou por apenas 13 minutos e sofreu uma lesão no tendão do pé direito. Apesar disso, o lateral-esquerdo atuou no duelo de volta por 23 minutos e contribuiu na conquista de mais um inédito título na história do Fluminense. Embora não tenha sido protagonista, o jogador dava sinais de estar mais preparado fisicamente do que em relação a quando chegou.

O camisa 12 viveu seu auge em maio, sendo decisivo e marcando três gols em um intervalo de quatro partidas, sendo dois na Libertadores, contra Cerro Porteño e Alianza Lima, e um no Brasileirão, diante do Juventude. Com Fernando Diniz, o lateral-esquerdo não tinha sua titularidade discutida, mas novas lesões atrapalharam o desempenho do atleta.

Chegada de Mano no Fluminense afeta Marcelo

Por conta da má campanha do Fluminense no Brasileirão, Fernando Diniz foi demitido e Mano Menezes assumiu o comando do Tricolor. No entanto, Marcelo não foi relacionado para os quatro primeiros jogos do novo treinador por conta de dores musculares na coxa direita.

O jogador voltou a atuar contra o Palmeiras, foi titular na semana seguinte contra o Juventude pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, mas sofreu uma nova lesão muscular no duelo de volta, no Maracanã. Após entrar na segunda etapa, o jogador sentiu a coxa em uma finalização e ficou em campo por apenas cinco minutos.

Enquanto se recuperava de lesão, Diogo Barbosa sofreu uma lesão no joelho direito e precisou passar por uma artroscopia. Com isso, Marcelo recuperou a titularidade com Mano Menezes no início de setembro, mas voltou para o banco de reservas nos dois jogos de quartas de final da Libertadores após a recuperação de seu concorrente.

Marcelo lamenta lesão muscular no duelo entre Fluminense e Juventude, pela Copa do Brasil (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Briga com Mano e saída polêmica

Insatisfeito com o banco de reservas, Marcelo protagonizou uma discussão pública com Mano Menezes em novembro. No duelo entre Fluminense e Grêmio válido pelo Brasileirão, o comandante chamou o jogador para colocá-lo em jogo, mas se incomodou com um toque do técnico em seu ombro.

Na sequência, o gaúcho desistiu da entrada do camisa 12 e optou por um outro atleta para entrar na partida. No dia seguinte, o Fluminense anunciou a rescisão de contrato com Marcelo por conta do clima insustentável entre o jogador e o treinador.

Com a saída, Marcelo deu seguimento a outros negócios e tornou-se uma espécie de garoto-propaganda do América-RN, cujo seu grupo é investidor da SAF do clube do Rio Grande do Norte. No entanto, o atleta fez diversas publicações nas redes sociais se declarando ao Tricolor Carioca e acompanhando a luta contra o rebaixamento.

Homenagem em Xerém

Em setembro, Marcelo também foi homenageado pelo Fluminense por ter sido um dos maiores casos de sucesso de Xerém. O local dos jogos das equipes de base foi rebatizado e ganhou o nome de Estádio Marcelo Vieira em um evento que contou com a presença do jogador.

Na época, o jogador falou sobre o legado que deixava para os jovens que atuavam na base do Fluminense. Além de ter o nome rebatizado, o Estádio Marcelo Vieira foi repaginado com pinturas que lembravam a história do lateral-esquerdo com o Tricolor.

- Isso aqui faz parte do que eu sempre quis fazer, que é deixar um legado para os meus filhos e para todas as crianças do Fluminense. É uma baita homenagem do presidente e do clube, relembrando a época de Xerém. Me emocionei quando vi os professores, alguns que trabalharam comigo entre 2002 e 2006, quando vi o meu filho Liam, que está seguindo meus passos no Fluminense e terá a oportunidade de jogar no estádio com o nome do pai, e quando lembrei do meu filho Enzo, que não está aqui. Isso não tem preço - disse o atleta.

Embora não tenha tido o fim de ciclo desejado, Marcelo deixou o Fluminense com três títulos conquistados e com um legado para a base. E apesar da má impressão deixada no fim, o lateral-esquerdo segue acompanhando o Tricolor e não esconde o carinho pelo clube que o formou.

Ex-jogador do Fluminense, Marcelo em sua chegada no Estádio Marcelo Vieira, em Xerém (Foto: Lucas Merçon/FFC)
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