O Fluminense venceu novamente o Cerro Porteño (PAR), desta vez por 1 a 0, e carimbou a vaga nas quartas de final da Libertadores. Após a partida, em entrevista coletiva ainda no Maracanã, o técnico Roger Machado exaltou o Tricolor, disse que pretende elevar o nível, mas não se mostrou feliz com as críticas sobre a atuação da equipe. Com o resultado, o Flu encara o Barcelona de Guayaquil (EQU) na próxima fase.
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- Não esperamos o adversário no nosso campo. Eles buscaram nos envolver porque tinham dificuldade e a diferença no placar. Fizemos jogo duro, quem passa para essa fase não tem facilidade. O resultado no agregado foi 3 a 0. Não dá para imaginar que diante de um adversário forte nessa fase vamos dominar sempre o jogo. Acho que fizemos uma boa partida e classificamos com mérito. Gostaria de poder comemorar um pouquinho a classificação para as quartas de final e saborear um pouco essa passagem importante, mas ainda precisamos explicar como as coisas acontecem dentro de campo - avaliou.
Na competição, o Flu passou da fase de grupos em primeiro, à frente do River Plate (ARG) e eliminando Junior Barranquilla (COL) e Independiente Santa Fe (COL). Agora nas quartas deixa o Cerro para trás com vitórias por 2 a 0 no Paraguai e 1 a 0 no Maracanã.
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- A gente fez parte de um grupo difícil e muitos afirmaram que teríamos dificuldade de ser competitivos nesse grupo, e aí nós passamos em primeiro. Passamos do Cerro vencendo os dois jogos e gradativamente as dificuldades vão aumentar. Vamos buscar elevar o nível, competir cada vez mais e tornar essa disputa igual para que a gente tenha condições de avançar à próxima fase.
Mesmo vivo em três campeonatos (Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão), o Fluminense segue recebendo críticas dos torcedores por conta do rendimento abaixo da equipe. No último sábado, a equipe reverteu o placar contra o Criciúma, da Série C nacional, após perder por 2 a 1 fora de casa. Roger explicou porque o elenco não mostrou o que se esperava e a repetição de escalação.
- Não temos um time de jogadores habilidosos, mas técnicos, que competem pela bola. Disse que a torcida podia esperar um time competitivo, que quando tivesse condições iria jogar e quando não tivesse brigaria pelo resultado. Vi um time buscando e não desistindo até o último minuto, competindo, tendo coragem e confiança, assim como foi contra o Criciúma fora de casa. Fomos derrotados porque o adversário naquele dia foi mais competente. Não era porque foi derrota que faríamos terra arrasada e mudaremos tudo. A mudança é que jogamos bem esses últimos dois jogos - disse o treinador.
- O nível de exigência do futebol brasileiro é sempre alto. O torcedor quer sempre que vença e dê espetáculo, está no seu direito. Agora, a gente que trabalha do lado de cá sabe com é difícil competir em três frentes. Eu trabalho há 30 anos no futebol e a avaliação definitiva sobre um jogador de futebol é só depois que ele para. A avaliação definitiva de um treinador só acontece quando ele morre. Ao longo da trajetória, a gente vai ser competente e incompetente de acordo com os resultados. Não há nada de errado, é como as cosias acontecem no nosso meio - concluiu.
O jogo de ida das quartas contra o Barcelona (EQU) acontece já no próximo dia 12, quinta-feira, no Maracanã, às 21h30. A volta, no Equador, é no dia 19, no mesmo horário. Agora o Flu volta as atenções novamente para o Campeonato Brasileiro, de onde vem de duas derrotas consecutivas. No domingo, a equipe visita o América-MG às 16h.
- Todo material detalhado e avaliação do adversário já estão sendo preparados, mas não vai ter nenhum projeto. O projeto é nosso jogo do final de semana no Brasileirão. Aproveitar para comemorar um pouco a classificação para as quartas de final. A partir dos dias que antecederam o jogo vamos começar a projetar. Se não vencermos no domingo sabemos que as críticas voltam. Já sabemos que o Barcelona é um grande adversário. Assisti aos jogos e sei que joga muito bem com a bola no chão - finalizou.